quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Mensagens Poéticas de 13/fev/2011 - por Ademar Macedo

<<< Uma Trova Nacional >>>
Discórdias, sonhos frustrados,
e as mágoas não resolvidas,
são os nós não desatados
das cordas das nossas vidas...
(José Valdez de Castro Moura/SP)

<<< Uma Trova Potiguar >>>
Ó coqueiro pequenino,
que tanta água nos deu!
Que ironia o teu destino:
por falta d'agua morreu!!!
(Prof. Garcia/RN)

<<< Uma Trova Premiada >>>
2006 > Pitangui/MG
Tema > TERÇO > Venc.
Reze seu terço baixinho,
sem atrair atenções,
que o Deus que escuta o sozinho
é o mesmo das multidões.
(Altivo Cintra/MG)

<<< Simplesmente Poesia >>>

MOTE:
E a terra caiu no chão.

GLOSA:
Plantei um pé de roseira
dentro de uma lata rasa,
pendurei detrás de casa
numa vara da biqueira,
numa noite de fogueira
na véspera de são João,
o danado de um barrão
pensando que era batata
furou o fundo da lata
e a terra caiu no chão.
(Chico de Sousa/PB)

<<< Uma Trova de Ademar >>>
Para alcançar a pujança,
basta-me ter, sem fadigas,
a força e a perseverança
do Trabalho das formigas!...
(Ademar Macedo/RN)

<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
Hoje eu pergunto sem ira:
porque deixaste, meu Deus,
os brinquedos de mentira
parecerem que eram meus?...
(Milton Nunes Loureiro/RJ)

<<< Estrofe do Dia >>>

Eu por ser infantil caí nos laços
das promessas do mundo deprimente
leiloei o meu corpo adolescente
nos bordéis frequentados por ricaços.
Atirei-me na noite dos devassos
paguei caro por minhas travessuras.
Pela boca das trevas mais escuras
meu destino fatal foi engolido,
o silêncio da noite é quem tem sido
testemunha das minhas amarguras.
(Geraldo Amâncio/CE)

<<< Soneto do Dia >>>

A BARCAÇA

– Rogaciano Leite/PE –

O mar soluça e geme. A onda bravia
num véu de espuma contra o céu se envolve
e o leito enorme d’água se revolve
em convulsões de dor e de agonia.

Ao longe, uma barcaça fugidia
seu vulto branco às longas praias volve
como a garça cansada que resolve
tocar da costa a areia luzidia...

Eu vou como a barcaça em desalento,
que as águas corta por mercê do vento
e após mil temporais toca no porto...

Também após mil temporais da sorte,
do mar da vida para o cais da morte
meu coração vai navegando morto!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Mensagens Poéticas de 11/fev/2011 - por Ademar Macedo

<<< Uma Trova Nacional >>>
Meu coração é uma rua -
bem fechada, já se vê -
por onde transita... nua,
a lembrança de você.
(Dodora Galinari/MG)

<<< Uma Trova Potiguar >>>
Ninguém deve se arriscar
no amor, se inconsequente:
– Como pode a gente amar
quem não pode amar a gente!?
(Dorinha Rabelo/RN)

<<< Uma Trova Premiada >>>
Os sonhos que acalentei,
nos tempos de mocidade,
foram nuvens que soltei
no céu de minha saudade!
(Maria Carriço/RN)

<<< Simplesmente Poesia >>>

ROSEIRA PARAÍSO

– Francisca Alves de Sousa/CE –
(Dona Nêga)

Flor, ainda não acabaste de nascer
e já procuras colorir o teu viver,
com as cores da dor e da paixão.
Guarda teu perfume flor querida!
Ainda estás a um passo da vida.
Ainda és meia flor e meio botão.

Guarda teu amor feito em perfume
porque o espinho agudo do ciúme,
está juntinho de ti em tua haste.
Deixas que Deus escolha teus caminhos
para que não sintas a dor destes espinhos
que vivem a ferir por toda parte.

Esta é a voz da mamãe flor,
que de tanto dá o seu amor,
ficou presa na haste, entre os espinhos.
E hoje vive e espera com um sorriso
que tu sejas a Roseira Paraíso,
a florescer por todo o seu caminho.

<<< Uma Trova de Ademar >>>
Lágrima... Um rio dolente,
que num trajeto imperfeito,
afoga os risos da gente
nas margens sujas do leito...
(Ademar Macedo/RN)

<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
Na madrugada indormida,
juntei ternura aos pedaços,
cada remendo de vida
tinha linha de teus traços...
(Graziela Lydia Monteiro/MG)

<<< Estrofe do Dia >>>
Saudade é uma dor ferida
cravada no coração,
quanto mais você remexe
mas ela aumenta a pressão,
matando devagarzinho
sem ter dó nem compaixão.
(José Alberto Costa/AL)

<<< Soneto do Dia >>>

O ABRAÇO DO CRISTO REDENTOR

– Geraldo Lyra/PE –

O Cristo, com seus braços bem abertos,
abençoando o Rio de Janeiro,
faz o gesto de amor ao mundo inteiro,
da Patagônia aos longes dos desertos...

Porém, Salis/Di Caro, muito espertos,
nos dão o vídeo e abraço brasileiro,
pois, simboliza o Rio verdadeiro,
terra do Bem e dos destinos certos...

Emocionante cena de carinho,
a quem a Vê, com sua alma enternecida,
lembra de Deus - seus atos de ternuras

que devemos a todos do caminho,
nesta passagem breve a ser vivida,
como ensinou Jesus, nas Escrituras!

Encontro - Cataversos da Moóca - 26/fev/2011

CATAVERSOS DA MOÓCA
(ENCONTRO LITEROMUSICAL)

ANIVERSÁRIO DE UM ANO DE POESIA
No bairro mais romântico de São Paulo
O Sarau mais charmoso da cidade
SÁBADO – 26/02/2011 – 15:00 Horas
Entrada Gratuita

LOCAL
NUCLEO DE TERAPIAS FLOR DE LÓTUS
Rua Guaimbé, 48 – Fundos – Moóca
Altura do número 1.300 da Av. Paes de Barros
Ônibus Vila Alpina no Metrô Bresser

*Inscrição no local meia hora antes*

Atenciosamente

Ferretti
Ivan Ferretti Machado

Tel.8219-4002

Regulamento - XXIV Jogos Florais de Ribeirão Preto-SP

XXIV JOGOS FLORAIS DE RIBEIRÃO PRETO
XII JOGOS FLORAIS ESTUDANTIS DE RIBEIRÃO PRETO
2011

REGULAMENTO:
Os XXIV Jogos Florais de Ribeirão Preto e os XII Jogos Florais Estudantis de
Ribeirão Preto, promovidos pelas entidades acima, integram as festividades
da Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto. São temas nos concursos de
trovas:

Nacional / internacional:
VICIO (Lírico)
LOROTA (Humorístico)

Municipal (somente aos trovadores de Ribeirão Preto):

BRILHANTE –( Lírico ou filosófico)
PROMOÇÃO – (Humorístico)

Estudantil para alunos de 5ª a 8ª e ensino médio de todas as redes de
ensino:

PERSONAGENS DO FOLCLORE NACIONAL – (Lírico ou filosófico)
SACI ( Humorístico)
Obs.: 31 de outubro, é comemorado pelos paulistas o Dia do Saci, para
homenagear um tradicional personagem do folclore brasileiro. ...

LEMBRETE:

Considera-se Trova literária para concurso "a composição poética de quatro
versos, setissilábicos, com rimas ABAB e tendo sentido completo", conforme o
exemplo:
Saltando apenas num pé,
negrinho. maroto e arteiro,
o saci nada mais é
que o capeta brasileiro!
Carolina Ramos – presidente do Conselho Nacional da UBT
(Trova premiada nos I Jogos Florais de Ribeirão Preto)

Os trovadores (autores de trovas) podem remeter até três (3) trovas,
inéditas, escritas na face de envelopes 8/11, contendo no interior a
identificação completa. Os estudantes devem colocar o nome e e-mail de sua
unidade escolar.
As trovas do concurso municipal deverão ser enviadas para:
Gislaine Canales
Barra Sul Hotel
Rua 4.000 – Nº 85 – Ap. 411
CEP: 88.330-180
Barra Sul/Balneário Camboriú/SC
Obs. Não remeter cartas registradas.

As trovas dos concursos nacional/internacional deverão ser remetidas para:
Trovador Nilton Manoel
Caixa Postal 448 –centro
CEP 14001-970
Ribeirão Preto/SP –BRASIL

As trovas dos XII Jogos Florais Estudantis de Ribeirão Preto deverão ser
enviadas para:
Francisco Neves Macedo
Rua Ribeirão Preto, 218 - Gramoré
59135-550-Natal/RN
Obs. Não enviar cartas registradas.

A recepção de trovas será a partir de 02 de janeiro e encerrar-se-á a 15 de
abril e a Comissão divulgará a listagem de vencedores até 20 de maio de
2011. As festividades acontecerão durante as atividades da Feira Nacional do
Livro de Ribeirão Preto.

A premiação será:

05 vencedores (troféu e diploma);
05 menções honrosas (medalha e diploma);
05 menções especiais (medalha e diploma);

Será editado folder ou livro com todas as trovas premiadas. Os concorrentes
não premiados poderão acompanhar a finalização literária no portal
www.ribeiraopreto.sp.gov.br que deixará o livro em formato de leitura e
impressão.
Os primeiros cinco vencedores em cada tema do concurso nacional terão
direito a estada paga (pernoite e refeições) em hotel, como convidados dos
organizadores nos três dias de festividades. Todos os concorrentes estão
convidados a participar das festividades. A união é a vida do Movimento
Brasileiro de Trovadores. Os trovadores que não puderem comparecer receberão
via Correios seus prêmios por conta dos organizadores.
As trovas já publicadas, plagiadas, etc. serão excluídas, reservando-se à
banca julgadora o direito de não completar as premiações previstas. A
decisão da comissão literária será irrecorrível.

Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Organizadora e Realizadora.
As trovas não premiadas, não serão devolvidas, serão queimadas.

Ribeirão Preto, Janeiro de 2011.

NM

Regulamento - VI Festival de Poesia Falada do Rio de Janeiro

www.apperj.com.br
site referendado no Diretório Mundial de Poesia da UNESCO
IV Festival de Poesia Falada do Rio de Janeiro
(Prêmio Francisco Igreja)

A APPERJ - Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro convida todos os poetas a participarem do IV FESTIVAL DE POESIA FALADA DO RIO DE JANEIRO - PRÊMIO FRANCISCO IGREJA.
O tema do concurso é livre, sendo aceitos todos os estilos poéticos. Poderão participar poetas residentes no país, de qualquer nacionalidade, exceto os diretores da APPERJ. Cada concorrente poderá enviar até três poemas inéditos, em língua portuguesa, digitados, de no máximo 30 linhas (espaços inclusive), em 3 (três) vias de cada, acompanhados da taxa de inscrição: 10 reais por poema (cópia do depósito feito em nome de APPERJ, Banco Real/Santander, ag. 0894, cc 2017863-5, até o dia 31 de julho de 2011, para: IV Festival de Poesia Falada do Rio de Janeiro - Prêmio Francisco Igreja; Rua Pereira da Silva, 586/304, Cep: 22221-140, Laranjeiras, Rio de Janeiro/RJ, valendo como data de entrega o carimbo do correio.
O trabalho deverá ser apresentado com pseudônimo e os dados do autor deverão ser enviados em envelope lacrado, digitado (não serão aceitos poemas manuscritos), constando de: nome completo do autor; nome literário; pseudônimo; título da obra; endereço completo - CEP inclusive; telefone para contato - indicar DDD; e-mail. O envelope lacrado com os dados do autor deve ser enviado dentro do envelope maior contendo o(s) poema(s) para o concurso. Colocar como remetente, o nome Francisco Igreja e o mesmo endereço do destinatário. A identificação indevida do poeta, assim como o não atendimento a qualquer item do regulamento, acarretará na desclassificação do mesmo.
Os poemas serão julgados por literatos reconhecidamente idôneos da comunidade poética brasileira, cuja decisão será irrevogável e irrecorrível. Serão considerados na decisão: a correção da linguagem, a beleza das imagens poéticas e a originalidade com que o tema for tratado.
Premiação:
Categoria Única - serão selecionados os 20 melhores textos, cujos autores receberão certificado de Menção Honrosa e prêmios no valor de mil reais, assim distribuídos: 1° lugar: R$400,00; 2° lugar: R$300,00; 3° lugar: R$200,00 e melhor intérprete: R$100,00.
O poeta 1° lugar em texto receberá o Prêmio Francisco Igreja, que constará de: além do prêmio em dinheiro; publicação sem ônus na coletânea PERFIL e medalha Francisco Igreja.
Ao apperjiano mais bem classificado dentre todos os concorrentes selecionados ou não (e em dia com a Tesouraria da associação), será oferecido certificado, o Troféu Francisco Igreja, sendo seu poema publicado graciosamente – sem ônus, na Coletânea PERFIL.
A seleção dos poemas será feita por associados, especialmente, convidados para este mister. A classificação dos poemas selecionados será feita por júri presente ao evento que, também, considerará a oralidade na seleção do melhor intérprete (tempo máximo de apresentação de 10 minutos, a ultrapassagem do tempo estimado acarretará em desclassificação). Concorrerão todos os intérpretes, autores ou não. Os poemas selecionados para a cerimônia de premiação serão publicados nos sites da APPERJ e da OFICINA Editores (apoio cultural).
O encerramento do concurso acontecerá dia 16 de setembro de 2011 (6ª feira), a partir das 17h, no Auditório Machado de Assis, da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Pedimos a todos os concorrentes, que indiquem a intenção de comparecer ao encerramento ou o nome de um poeta carioca que possa representá-lo. A Diretoria da APPERJ garante, antecipadamente, a apresentação dos poemas selecionados, durante a festa de encerramento.
Outras informações pelos tel: Marcia Agrau (21) 2265-3934 / Sérgio Gerônimo (21) 3328-4863.
Apoio cultural: www.oficinaeditores.com.br
Site referendado no Diretório Mundial de Poesia da UNESCO

Mensagens Poéticas de 10/fev/2011 - por Ademar Macedo

<<< Uma Trova Nacional >>>
Quanto sonho não vivido
do jeito que foi sonhado!
Mas tudo tem mais sentido
quando, enfim, é conquistado.
(Olga Agulhon/PR)

<<< Uma Trova Potiguar >>>
Quando as sombras do poente
deitam no mar que desmaia,
um langor envolve a gente
na branca areia da praia.
(Francisco Bezerra/RN)

<<< Uma Trova Premiada >>>
1994 > Niterói/RJ
Tema > MITO > M/E.
Esporte... ciência... arte...
no campo em que se apresente,
o mito, sempre que parte,
leva uma parte da gente...
(Waldir Neves/RJ)

<<< Simplesmente Poesia >>>

PEREGRINAÇÃO

– José Lucas de Barros/RN –

Foi numa tarde de estio
que eu saí de mundo afora,
pagando caro, toda hora,
o meu louco desafio.

Fiquei longe do meu rio,
pelo qual meu peito chora.
Ai, campos de doce aurora,
de sol bonito e bravio!

Por esses dias tristonhos,
minha bagagem de sonhos
foi ficando pela estrada.

Salvei muitas esperanças,
mas, na mala das lembranças,
há tempos não cabe nada.

<<< Uma Trova de Ademar >>>
Para alcançar o perdão,
no reino da eternidade,
vão julgar meu coração
no Tribunal da verdade!
(Ademar Macedo/RN)

<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
Tive culpa, não o nego.
Naquele primeiro abraço,
eu transformei em nó cego
o que era apenas um laço
(João Pereira da Silva/MG)

<<< Estrofe do Dia >>>
Uns nascem para ter sorte
outros pra levar açoite,
o viver da cor da noite
não lhe dá qualquer suporte.
Vivem só pedindo a morte,
tudo que faz dá errado.
Quando chove em seu roçado,
nasce joio, em vez de milho,
ó mãe! Pra que tanto filho?
devias ter abortado!...
(Francisco Macedo/RN)

<<< Soneto do Dia >>>

EU QUERO

Geraldo Amâncio/CE

Eu quero o som de etéreas orações
nas catedrais da fé sedimentada,
e a crença pura em Deus sem ser atada
ao nó ferrenho das religiões.

Vaga-lumes flutuando em procissões
deixando a noite suave iluminada.
Eu quero arco-íris na manhã raiada
bordando a aurora com irradiações.

E depois de escutar pelas campinas
o sussurro das brisas matutinas
quero ouvir a heróica melodia

da canção libertária dos kilombos,
e placidez de um revoar de pombos
enchendo o céu de paz e de poesia.

O Diário de Atma - O Universo do Ser - Priscilla Jardim

O DIÁRIO DE ATMA - O UNIVERSO DO SER
(Novo link com nova colaboradora, Priscilla Jardim!) :)

Hoje vamos começar uma jornada rumo ao entendimento de como afetamos nossa realidade, como criamos nossa vida e como podemos sanar os principais obstáculos para termos uma vida plena. Se você tem buscado seu propósito no mundo;você está no lugar certo e na hora exata!
O que entendemos por realidade? Geralmente temos por realidade aquilo que acontece ao nosso redor, o mundo externo a nós, os acontecimentos que pensamos não ter nenhuma relação conosco; que acontecem ao acaso. É ai que nos enganamos, nossa realidade é primeiro formada interiormente e depois acontece no mundo exterior. Como isso acontece? Você já percebeu que quando pensa demais em algo, ele acaba acontecendo?! E se você tiver uma emoção forte então é mais rápido que se materializa... É esse o caminho! Nossos pensamentos criam nossa realidade e isso ninguém pode fazer por nós. A realidade nasce no nosso mundo interior, primeiro na nossa mente, no pensamento e depois à medida que somos firmes e não contraditórios; esses pensamentos vão criando forma até parecerem no concreto.
A partir de agora, reflita sobre o que anda pensando, faça essa avaliação comparando o que está acontecendo na sua vida e os pensamentos que tem com freqüência. Observou a relação entre eles? Acompanhe nosso blog e você saberá passo à passo como isso acontece.

Abraço
Priscilla Jardim


--
ATMA
atma.sensibilidade@gmail.com
odiariodeatma.blogspot.com/

Serestas em Taubaté-SP, todas sextas-feiras

Aos que gostam de música das antigas, MPB, Bossa Nova...

Toda sexta, a partir das 20:00h, Seresta na Praça da Avenida Itália, atrás do Senai.

Luz e ternura!

ROSANGELA COELHO

Biblioteca Digital Mundial - UNESCO

A NOTÍCIA DO LANÇAMENTO NA INTERNET DA WDL, A BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL.

QUE PRESENTE DA UNESCO PARA A HUMANIDADE INTEIRA !!!

Já está disponível na Internet, através do site www.wdl.org

É uma notícia QUE NÃO SÓ VALE A PENA REENVIAR MAS SIM É UM DEVER
ÉTICO, FAZÊ-LO!

Reúne mapas, textos, fotos, gravações e filmes de todos os tempos e explica em sete idiomas as jóias e relíquias culturais de todas as bibliotecas do planeta.

Tem, sobretudo, caráter patrimonial" , antecipou em LA NACION Abdelaziz Abid, coordenador do projecto impulsionado pela UNESCO e outras 32 instituições. A BDM não oferecerá documentos correntes, a não ser "com valor de patrimônio, que permitirão apreciar e conhecer melhor as culturas do mundo em idiomas diferentes:árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e português. Mas há documentos em linha em mais de 50 idiomas".

Entre os documentos mais antigos há alguns códices precolombianos, graças à contribuição do México, e os primeiros mapas da América, desenhados por Diego Gutiérrez para o rei de Espanha em 1562", explicou Abid.

Os tesouros incluem o Hyakumanto darani , um documento em japonês publicado no ano 764 e considerado o primeiro texto impresso da história; um relato dos azetecas que constitui a primeira menção do Menino Jesus no Novo Mundo; trabalhos de cientistas árabes desvelando o mistério da álgebra; ossos utilizados como oráculos e esteiras chinesas; a Bíblia de Gutenberg; antigas fotos latino-americanas da Biblioteca Nacional do Brasil e a célebre Bíblia do Diabo, do século XIII, da Biblioteca Nacional da Suécia.

Fácil de navegar:

Cada jóia da cultura universal aparece acompanhada de uma breve explicação do seu conteúdo e seu significado. Os documentos foram passados por scanners e incorporados no seu idioma original, mas as explicações aparecem em sete línguas, entre elas O PORTUGUÊS. A biblioteca começa com 1200 documentos, mas foi pensada para receber um número ilimitado de textos, gravados, mapas, fotografias e ilustrações.

Como se acede ao sítio global?

Embora seja apresentado oficialmente na sede da UNESCO, em Paris, a Biblioteca Digital Mundial já está disponível na Internet, através do sítio:

www.wdl.org

O acesso é gratuito e os usuários podem ingressar directamente pela Web , sem necessidade de se registrarem.

Permite ao internauta orientar a sua busca por épocas, zonas geográficas, tipo de documento e instituição. O sistema propõe as explicações em sete idiomas (árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e português), embora os originas existam na sua língua original.

Desse modo, é possível, por exemplo, estudar em detalhe o Evangelho de São Mateus traduzido em aleutiano pelo missionário russo Ioann Veniamiov, em 1840. Com um simples clique, podem-se passar as páginas um livro, aproximar ou afastar os textos e movê-los em todos os sentidos. A excelente definição das imagens permite uma leitura cômoda e minuciosa.

Entre as jóias que contem no momento a BDM está a Declaração de Independência dos Estados Unidos, assim como as Constituições de numerosos países; um texto japonês do século XVI considerado a primeira impressão da história; o jornal de um estudioso veneziano que acompanhou Fernão de Magalhães na sua viagem ao redor do mundo; o original das "Fábulas" de La Fontaine, o primeiro livro publicado nas Filipinas em espanhol e tagalog, a Bíblia de Gutemberg, e umas pinturas rupestres africanas que datam de 8.000 A.C.

Duas regiões do mundo estão particularmente bem representadas:

América Latina e Médio Oriente. Isso deve-se à activa participação da Biblioteca Nacional do Brasil, à biblioteca de Alexandria no Egipto e à Universidade Rei Abdulá da Arábia Saudita.

A estrutura da BDM foi decalcada do projecto de digitalização da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, que começou em 1991 e atualmente contém 11 milhões de documentos em linha.

Os seus responsáveis afirmam que a BDM está sobretudo destinada a investigadores, professores e alunos. Mas a importância que reveste esse sítio vai muito além da incitação ao estudo das novas gerações que vivem num mundo audio-visual.


"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. E, por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso"
Edward Everett Hale





--
Atenciosamente,

Concurso - Rio Palavra Maravilhosa

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Mensagens Poéticas de 09/fev/2011 - por Ademar Macedo

<<< Uma Trova Nacional >>>
Uma Coisinha de nada
sintetiza imensa dor:
a florzinha abandonada
saudosa de um beija-flor!
(Jeanette De Cnop/PR)

<<< Uma Trova Potiguar >>>
Em cada conto, que conto,
conto somente o que é meu,
e, dessa conta, eu desconto,
tudo aquilo que for seu.
(Marcos Medeiros/RN)

<<< Uma Trova Premiada >>>
2000 > Niterói/RJ
Tema > DELÍRIO > MENÇÃO HONROSA
Quando a ilusão me conclama
a esperar por quem não vem,
eu deliro... e, em minha cama,
beijo o lençol... sem ninguém...
(Pedro Melo/SP)

<<< Simplesmente Poesia >>>

INSETO

– Ferreira Gullar/MA –

Um inseto é mais complexo que um poema
Não tem autor
Move-o uma obscura energia
Um inseto é mais complexo que uma hidrelétrica

Também mais complexo
que uma hidrelétrica
é um poema
(menos complexo que um inseto)

e pode às vezes
(o poema)
com sua energia
iluminar a avenida
ou quem sabe
uma vida.

<<< Uma Trova de Ademar >>>
Um monumento de luz
fez-se em mim arquitetado
na mensagem que Jesus
disse, ao ser crucificado.
(Ademar Macedo/RN)

<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
Eu serei a vida inteira
por você, o que quiser...
esposa, mãe, companheira,
ou, simplesmente, mulher!
(Maria Dolores Paixão/MG)

<<< Estrofe do Dia >>>
Uma vaca no curral
lambendo o bezerro novo,
um tejo bebendo ovo
escondido no quintal;
uma tramela de pau
é a tranca do portão,
mulher catando algodão
vaqueiro entrando no mato;
tudo isso é o retrato
das coisas do meu sertão.
(Lucas Correia/CE)

<<< Soneto do Dia >>>

FOLHA NA TEMPESTADE

– Dorothy Jansson Moretti/SP –

A tarde é fria e escura. Do céu turbulento,
a chuva, em grossos fios, cai sobre as calçadas,
e os carros, pela rua, em louco movimento,
espirram, sem consciência, as águas empoçadas.

Fugindo ao temporal, pessoas apressadas
inconscientes, também, sem parar um momento,
ignoram ao passar, entanguidas, geladas,
duas crianças sós, sem o mínimo alento.

Acaso importa a alguém que o vento instigue ou tolha,
ou leve a qualquer lado as folhas arrancadas?
A criança de rua é também uma folha

arremessada ao vento, em plena tempestade...
E há de rolar sozinha até quando a recolha
o carinho de alguém... e de um lar de verdade.

Poema - Mírian Warttusch

Ó BENDITO O QUE SEMEIA!

Homenagem a Castro Alves o poeta abolicionista

Cateretê

Música , letra e interpretação de Mírian Warttusch
Declamado por John Lennon, aluno de origem extremamente
humilde, egresso de uma escola onde sua indisciplina gerou o pedido para o seu afastamento;
ingressou então na EMEF Padre Antônio Vieira e iniciou tímidamente sua caminhada na
Academia Estudantil de Letras, e hoje, vencidos muitos dos grandes desafios que teve pela frente,
fez de sua jornada um grande motivo para se tornar um poeta.
Em breve fará o lançamento do seu
primeiro livro. Um exemplo maravilhoso a seguir.


"Deixem soar os tambores
Soem, soem os tambores
Que se ouçam ao longe...
Soem com um clamor
Soem como o grito dos escravos,
O seu grito de liberdade!
Soltem os nossos grilhões
Soem, soem os tambores
Não os deixem parar!"

Quem é esse jovenzinho
Que encanta ao declamar?
Quem é?
Quem é esse jovenzinho
Que encanta ao declamar?
Quem é?

No pequeno coração
Grande talento nascia.
Ideais acalentados
Que cresciam dia a dia.

Encontrou inspiração,
Nos livros e na poesia,
Exaltação ao amor,
Lirismo, encanto e magia!

“Ó bendito o que semeia!
Livros... livros à mão cheia...
Ó bendito o que semeia!
Livros... livros à mão cheia!
Ó bendito o que semeia!

Nos seus versos expressivos e vigorosos
Com lirismo ardente ele cantou o amor
|Ele amou... ele amou demais, amou de verdade
|Mas o seu maior amor foi a liberdade! (bis)

Castro Alves
O poeta das causas heróicas,
Que soem os tambores
Castro Alves
O poeta abolicionista
Festejando a liberdade!
Castro Alves
O cantor da liberdade
Escravos não mais cativos
Castro Alves
Ele clamou por justiça!
Livres, livres de verdade!

“Ó bendito o que semeia!
Livros... livros à mão cheia...
Ó bendito o que semeia!
Livros... livros à mão cheia!
Ó bendito o que semeia! (bis 4 x)

"Que soem os tambores
Festejando a liberdade!
Escravos não mais cativos
Livres, livres de verdade!

Ó bendito o que semeia!
Livros... livros à mão cheia...
E manda o povo pensar:
Um livro caindo n'alma
É germe que faz a palma
É chuva que faz o mar!"

Poema - Roberto Pinheiro Acruche

OBRA DIVINA

Veja Amor, como é linda esta paisagem!
A luz dourada do sol sobre a mata,
a água cristalina da cascata...
Indescritível, tal uma miragem.

Olhe aquelas árvores, que beleza!...
Esta vastidão plena, tão florida,
exuberantemente colorida,
climatizada pela natureza.

Cenário encantador, impressionante!
Harmoniosamente perfumante,
modulado com a magia do amor...

Minudenciosamente preciso,
somente quem criou o paraíso
adviria... ser seu escultor!

Roberto Pinheiro Acruche
União Cultural - São Francisco de Itaboana-RJ

Recado do Benilson Toniolo

Amigos,

1 - O escritor Vasco dos Santos nos brinda com sonetos "temperados" com rara sensibilidade, no http://novapoesiabrasileira.blogspot.com .

2 - Uma reflexão sobre a volta às aulas e o papel do Professor, no http://blogdobenilson.blogspot.com .

3 - E no http://diariodomorrogrande.blogspot.com , anotações do cotidiano.

Boa leitura, e um abraço a todos!!!!!

BENILSON TONIOLO
União Cultural - Conselheiro Nacional

O Diário de Atma

O DIÁRIO DE ATMA - CASOS DE CURA - OS CISTOS DESAPARECIDOS

Oi, Diário. Ontem foi um dia muito bom. Eu recebi, pela abundância e proteção do Universo, uma receita secreta de uma pomada que retira a dor. Estou começando a produzi-la hoje. Prometi ao antigo fitoterapeuta aqui do bairro, o Seu José, que eu não passaria a receita adiante. Ele a guardava a sete chaves e agora só a está liberando porque está encerrando as suas atividades. Vejo o recebimento desta dádiva como um lampejo dos Anjos a me mostrar que abençoam o meu caminho, apesar das dificuldades iniciais do percurso.

Outra dádiva que recebi foi a visita de uma das minhas melhores pacientes: a Larissa. Umas das minhas pacientes budistas. Ela veio me pagar o shiatsu do mês passado. Esta com uma sacola de exames médicos nas mãos. Ela apertou o interfone, mandei ela subir, ofereci água. Para não perder o hábito de contar as minhas histórias, contei a ela o milagre de ter conseguido a receita da famosa pomadinha do Seu José. Conversamos bastante, mas eu tinha que me despedir pois iria encontrar a Valéria, a acupunturista que cuidava da minha vó, pois foi ela que meu Pai Oxóssi usou como intermediária para o milagre da receita vir parar na minha mão.

Antes de ir embora, a Larissa abriu um sorriso e falou, "Eu tenho que te contar uma coisa."

"O que foi?" quis saber eu.

"Há quatro anos, eu vinha fazendo exames uma vez por ano, e estava cheia de nódulos nos seios e cistos no ovário. Mas eles não evoluíam nem regrediam. Só continuavam ali. Agora, eu acabei de ir buscar os meus novos exames e eles sumiram! Desapareceram por completo."

Eu sorri, maravilhada com a notícia! "Que coisa boa, Larissa!"

"Eu só posso pensar que esse resultado foi por causa do Shiatsu que venho fazendo com você.. Já fizemos um ano de tratamento..."

"É... O Shiatsu realmente é muito bom para fazer o Qi fluir como deve fluir... Quando o rio do Qi flui harmoniosamente, os nódulos desaparecem. Mas essa conquista teve a sua participação, porque você fez todas as alterações na alimentação, como eu te orientei, tomou os florais, os chás, fez as respirações, fez atividades físicas... Você é uma boa paciente. "

É a pessoa quem constrói a cura dela, Diário. Cada um tem um tempo. Aos poucos, vão se revelando padrões que precisam ser trabalhados, desintoxicados, reformulados. O trabalho é intregrado: é Reiki, floral, fitoterapia, cromoterapia, aromaterapia, desintoxicação, respiração correta... Essa notícia da Larissa foi um alento para mim. Uma força para eu continuar no meu caminho sagrado de cura, apesar de todos os percalços do caminho.

Namastê.

Atma
União Cultural - Rio de Janeiro-RJ
--
ATMA
atma.sensibilidade@gmail.com
odiariodeatma.blogspot.com/

Projeto Fala Escritor - Livraria Saraiva - Shopping Iguatemi - São Paulo-SP

Caro Poeta, O Projeto Fala Escritor convida para participar do nosso 16º Recital, que acontecerá no dia 19/02/2011 (sábado), a partir das 18h, na Livraria Saraiva do Shopping Iguatemi. Contamos com a sua participação! Solicitamos que seja enviada a resposta (falaescritor@hotmail.com) com a confirmação para que possamos incluir o seu nome na nossa divulgação.
Aproveitamos para informar que, com o intuito de otimizar o nosso evento, cada poeta tem direito a declamar 1 (um) poema por bloco. Assim, esperamos mostrar um pouco da arte de cada um dos participantes. Solicitamos também que noss@s car@s participantes se atenham à proposta do projeto em mostrar poesia. Deixemos visões político-partidárias, propagandas e afins para momentos mais adequados. Vamos nos reunir para compartilhar poesia!!!
SERVIÇO
O que: Fala Escritor – Palestra, recital, apresentação musical e lançamento de livros
Onde: Livraria Saraiva Mega Store do Shopping Iguatemi (Espaço Glauber Rocha).
Quando: Dia 19 de fevereiro (sábado), a partir das 18h.
Entrada: Gratuita

Mensagens Poéticas de 08/fev/2011 - por Ademar Macedo

<<< Uma Trova Nacional >>>
Sê bondoso e destemido,
vigilante em teus caminhos.
Se não queres ser ferido,
evita plantar espinhos!
(Flávio Stefani/RS)

<<< Uma Trova Potiguar >>>
Em meio a pessoas loucas,
de tristeza eu me inundo.
Lembro então como são poucas
as alegrias do mundo.
(Cléa Revoredo/RN)

<<< Uma Trova Premiada >>>
2000 > Niterói/RJ
Tema > DELÍRIO > MENÇÃO HONROSA
Em meus delírios te vejo
surgindo na escuridão,
toda vez que o vento andejo
bate a tranca do portão...
(José Ouverney/SP)

<<< Simplesmente Poesia >>>

MIRAGENS

– Graça Graúna/RN –

À meia luz
escudados nos sonhos
despistaram o medo de amar
e só diante do espelho admitiram
que a nudez é um perigo
capaz de intimidar o Amor
...depois do amor a espera
sem pressa, sem dor
depois do amor
o desejo natural
de repousar entre lençóis
e continuar a loucura
que não se vê em jornais.
Escudados nos sonhos
beberam a angústia do ser
na boca molhada de suor e sexo
seguindo o infinito
neste sopro de adeus...

<<< Uma Trova de Ademar >>>
Se me encontrares sozinho,
e, se nos tornarmos nós...
Mato você de carinho
debaixo dos meus lençóis!
(Ademar Macedo/RN)

<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
As coisas simples, modestas,
encerram saber profundo.
Nasceu, sem plumas e festas,
o Maior Homem do mundo!
(Lucy Sother Rocha/MG)

<<< Estrofe do Dia >>>
Corre um gato miando numa bica,
ferve um bule com chá de capim santo,
a cantiga de um galo em cada canto,
a fumaça de um prato de canjica,
um cachorro medroso se estica,
benzedeira curando mal olhado,
um frangote caçôa admirado
de um matuto que puxa uma marrã;
quando o sol beija a face da manhã
o sertão vira um reino encantado.
(Hélio Crisanto/RN)

<<< Soneto do Dia >>>

CANTARES

– Darly O. Barros/SP –

Meu estro, qual estertorante fio
lodoso, a rastejar por um deserto,
vacila, em aceitar o desafio
das folhas brancas de um caderno aberto...

- Hesitação não é do teu feitio,
faze sonora a pena que te oferto,
quero-a vibrante, como a voz de um rio,
que tem, no mar, o seu destino certo;

mas, te lembrando , sempre, que és poeta,
que dês à voz a entonação correta
quando de paz falares, vai, avança,

leva o teu canto a todos os lugares
e, que ao dulçor do som dos teus cantares,
o mundo colha um sopro de esperança!

Crônica - Benilson Toniolo

EDUCAÇÃO AINDA QUE TARDIA

Benilson Toniolo

E OS PROFESSORES?
Ninguém se liberta só com palavras (Milton Hatoum)

Semana de volta às aulas.
Mães frenéticas correm às papelarias com as exigências de materiais de todos os anos; papeizinhos se perdem sobre os balcões, calculadoras disparam, filhos espreitam, exigem, batem o pé, promovem verdadeiros acrobacias no afã de fazer valer suas vontades. Comerciantes e funcionários fazem as contas, calculam lucros, investimentos, comissões. Parcelamentos, cartões, cheques-pré, antecipações, taxas, juros, multas.
Diretores e coordenadores buscam encontrar-se entre planilhas, horários, cálculos, regulamentos, listas, telefones, mapas de sala, matrículas, re-matrículas, atribuições, e uma série de obrigações que, se de um lado, pouco lembram as obrigações de quem se dedica à arte sagrada de ensinar, por outro lado tornam –ou, pelo menos, deveriam tornar- possível que o ensino se estabeleça.
Os meninos e meninas, crianças, jovens e adultos –também alcunhados de “estudantes”, ainda que hoje em dia haja dúvidas sobre se estudam mesmo, ou apenas comparecem à escola, ou, no máximo, às suas imediações, o que acaba dando quase no mesmo- experimentam o desmantelo característico da época, e se questionam: Será que é dessa vez que vou ter coragem de esmurrar aquele estúpido da minha sala, sem que seus amigos me arrebentem no outro dia? Será que aquela gostosa vai começar a me dar mole? Será que vou ter agarrar aquele imbecil pra que ele perceba que estou a fim dele? Fulano vai parar de me oferecer drogas dentro da sala? Beltrano vai continuar enchendo a cara de cachaça antes de ir para a escola? Será que aquele professor “mala” vai parar de pegar no meu pé? Será que meu pai vai finalmente ganhar na loteria e eu vou poder finalmente parar de estudar? Enfim, questionam-se sobre como proceder e sobreviver em um mundo marcado pela indiferença, pelo desrespeito, pela agressividade, pela intolerância, pelo medo, e que, obrigatoriamente –mundo este que acaba, inapelavelmente, inserindo o ambiente escolar.
E os professores? O que pensam, o que planejam e o que fazem aqueles que são os principais responsáveis pelo processo de aprendizado e preparação para a vida de nossos jovens? De que forma os professores se preparam para a volta às aulas?
Sim, porque, no final das contas, a eles é dada a principal responsabilidade de todo este complexo processo chamado “educação”. É deles a função de compartilhar o conhecimento, preparar para a vida, dar continuidade àquilo que o individuo aprendeu em casa. Muitas vezes, o problema está justamente aí: o que o individuo, o aluno, traz de casa? Quais são valores –se é que valores há? Quais suas expectativas, seus objetivos, de que matéria é feita sua vida? Cabe então ao professor a árdua tarefa de, em turmas enormes, heterogêneas e, em sua maioria absolutamente desinteressada, disseminar o conhecimento, preparar para a vida, contribuir para o desenvolvimento da sociedade formando cidadãos de bem.
É muito grande, esta responsabilidade. Carga pesada, hercúlea, difícil de conduzir sobre as costas, tarefa digna de um herói bíblico ou mitológico. Mas não. Professores não são santos nem semideuses. São pessoas de carne e osso, feitas de sonho e trabalho, a quem é dado o sublime ofício de receber e devolver, para o país, seres humanos melhores. Estes sim, são os verdadeiros heróis do nosso tempo, a quem devemos reconhecer e valorizar. Viu, Pedro Bial?
Que, neste recomeço, estes profissionais se fortaleçam, em todos os aspectos, e dêem início à sua efetiva participação na Grande Revolução Brasileira, e que será a responsável pela transformação do Brasil, definitivamente, em uma grande nação: A Revolução da Educação –que, apesar de muita gente ainda duvidar, já começou.

Poema - Ruthy Neves

Abraço

O meu abraço foi de leve
para não te assustar...
porém, a intensidade contida...
urge em se manifestar.
Estou elevando meus braços...
enlaçando-te pelo pescoço.
Não és o sol... e nem és a lua...
que de tão distante não possa sentir...
sem nenhum esforço...
uma flor que perfuma...
levando o meu querer até junto de ti.
Sinta o perfume pelo ar...
trazendo o calor do meu aconchego.
E com a borboleta que pode voar...
sinta também o meu beijo quando a vir surgir...
ouvindo no ruflar de asas...
eu quero te amar.

Ruthy Neves
Taubaté-SP

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Mensagens Poéticas de 07/fev/2011 - por Ademar Macedo

<<< Uma Trova Nacional >>>
Na escola da humanidade,
ninguém aprende a lição
sem o lápis da bondade
e a borracha do perdão.
(José Fabiano/MG)

<<< Uma Trova Potiguar >>>
Enquanto a vingança é crime,
destruidor da pessoa,
o perdão é tão sublime
que faz feliz quem perdoa.
(José Lucas de Barros/RN)

<<< Uma Trova Premiada >>>
2001 > Taubaté/SP
Tema > PERDÃO > M/E.
Um ser de enorme valor
me ensinou esta lição:
dar aos amigos, amor
e aos inimigos, perdão!
(Marina Bruna/SP)

<<< Simplesmente Poesia >>>

MOTE:
URGENTE É MUDAR AS TREVAS
EM SUAVES BÊNÇÃOS DE LUZ.

GLOSA:
Irmão, o pão que tu levas
vem dividir com nós todos,
pois, sem cobranças e engodos
urgente é mudar as trevas
naquilo em que mais te elevas,
assim como fez Jesus
que no suplício da cruz
nos deu a paz e o perdão,
transformando a escuridão
em suaves bênçãos de Luz.
(Thalma Tavares/SP)

<<< Uma Trova de Ademar >>>
Da fonte que jorra o amor,
Deus, na sua imensidão,
faz jorrar com todo ardor
as carícias do perdão.
(Ademar Macedo/RN)

<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
Sei que os deuses recompensam
quem perdoa, estende a mão,
mas enxergo maior benção
em saber pedir perdão.
(Clarindo Batista/RN

<<< Estrofe do Dia >>>

Errar, é do ser humano
e todos podem errar;
mas, saibam, que perdoar
é divino, é soberano.
Não deixe que um ato insano
lhe amargure o coração,
perdoe-me, e me estenda a mão
pra ser, por mim, apertada;
perdoar não pesa nada,
pesado é pedir perdão!
(Ademar Macedo/RN)

Mensagens Poéticas de 06/fev/2011 - por Ademar Macedo

<<< Uma Trova Nacional >>>
A saudade é um passarinho
em teimosa migração,
vem do passado, e faz ninho
nos beirais do coração.
(Héron Patrício/SP)

<<< Uma Trova Potiguar >>>
Nesta distância entre nós,
o amor de tudo reclama;
há um dos nossos lençóis,
sobrando em cima da cama!
(Prof. Garcia/RN)

<<< Uma Trova Premiada >>>
2000 > Niterói/RJ
Tema > DELÍRIO > M/E.
Em meus delírios risonhos
fiz de você quase um Deus...
e fui vivendo os seus sonhos
como se fossem os meus!
(Arlindo Tadeu Hagen/MG)

<<< Simplesmente Poesia >>>

LENA

– Sergio Severo/RN –

Por teu amor eu cometi louquices
por teu amor vivi a cada dia
desdenhando a vida que corria,
por teu amor eu fiz tantas sandices.

E descuidei de mim, por teu amor,
Por teu amor me pus lá na coxia
e tu, no palco, louca de alegria,
nem percebias ser por teu amor.

Sem teu amor jurei morrer, de fome,
mas consegui viver sem teu amor.
Graças a Deus já esqueci teu nome:
MARIA HELENA PIRES MIRABOR !

<<< Uma Trova de Ademar >>>
Passam sempre em meu portão,
trazendo um fardo de dor,
crianças que não têm pão,
pedindo “um pão por favor”!...
(Ademar Macedo/RN)

<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
Chorar... quem é que não chora,
– nem que seja internamente –
quando alguém que a gente adora
se vai... repentinamente!
(Nélson Fachinelli/RS)

<<< Estrofe do Dia >>>
Na vida eu sofri abalos
e desesperos medonhos,
sonhos, sonhos e mais sonhos
sem poder concretizá-los,
na fronte senti os halos
das auras da juventude,
porém não tive a virtude
de dormir entre os teus seios;
não tive amores, sonhei-os
quis possuí-los, não pude!
(Lourival Batista/PE)

<<< Soneto do Dia >>>

CICATRIZ

– Milton Nunes Loureiro/RJ –

Um dia, alguém, chegando à minha porta,
abriu-a, lentamente, toda, inteira.
E, ao reviver uma esperança morta,
trouxe-me a crença pela vez primeira.

Porém, meu Deus, foi breve, passageira,
essa alegria que o meu ser exorta.
Se um dia amei sem medo e sem fronteira,
hoje a existência nem sequer me importa.

Prossigo triste no final da lida,
ao ver o quanto ingrata foi a vida,
nestas saudades de quem não me quis.

Por isto, eu trago na alma, hoje deserta,
um gosto amargo de ferida aberta
que eu não ouso chamar de cicatriz...

Notícias do Clube Foto&Companhia

Confiram o final do mês de janeiro, o Clube Foto&Companhia acompanhando o projeto Percursos Urbanos.

Neste mês de fevereiro, o Clube Foto&Companhia está acompanhando a cultura e história do MARACATU.

Vamos fotografar e conhecer como é, o que é, de onde veio e para onde vai.

confira em: www.clubefotoecompanhia.com.br/

...se possível repassem aos seus contatos...

fotograficamente,
Élida Pricila


O Fotoclube Foto&Companhia é uma associação de amadores e amantes da fotografia, que tem como objetivo desenvolver e promover programas e ações com a finalidade de estimular à produção, valorização e difusão da fotografia e da imagem em todos os seus aspectos e modalidades: cultural, histórica, turística, artística, educacional, ação social e relações humanas.

Regulamento - I Conc. Literário Seleta Cultural

I CONCURSO LITERÁRIO
SELETA CULTURAL
LIVROPRONTO EDITORA
(de 25 de janeiro de 2011 a 31 de março de 2011)

Concorra à Publicação do seu livro e outras interessantes premiações.

Com o objetivo de estimular os novos autores de todo o Brasil, a LivroPronto Editora está promovendo um concurso que premiará 3 textos de qualquer gênero com o patrocínio da publicação e impressão da primeira tiragem (para o primeiro colocado) que será distribuída aos autores concorrentes. Os interessados devem enviar o material digitado em formato doc ou pdf para livropronto@livropronto.com.br (assunto: I CONCURSO LIVROPRONTO)

Requisitos para Inscrição:

Nenhuma taxa: Apenas, para conhecer nossos livros, a obrigatoriedade da aquisição de 1 (ou mais) livro(s) da LivroPronto Editora, adquiridos exclusivamente em seu site www.livropronto.com.br durante o período do concurso, no valor mínimo de R$ 49,80;
Texto inédito (nunca antes publicado)
A Seleção será feita por votação aberta (e única) de todos que acessarem os textos na área Seleta Cultural no site da Editora. Os resultados serão atualizados em tempo real e os vencedores divulgados em 1/4 de 2011.

1° lugar: Publicação do Livro + Prêmio em dinheiro na forma dos direitos autorais sobre a impressão da primeira tiragem + exemplares de cortesia
2° lugar: Publicação do Livro + exemplares de cortesia
3° lugar: Publicação do Livro

Regras e maiores detalhes na Seleta Cultural em www.livropronto.com.br/seleta

O Diário de Atma - Uma linda mandala tibetana

Diário,

Por quê festejar a vida? Estou com esta reflexão em mente por causa de uma mensagem que um amigo me enviou pelo computador - um desses power points que eu nunca mais tive tempo de abrir. O cenário era uma montanha, parecia ser no Chile... Havia muitas pessoas meditando lá no topo. Alguns, vestiam roupas de ocidentais. Outros, aquelas roupas coloridas típicas da localidade. O power point falava da lei da atração... que semelhante atrai semelhante. "Se você deseja ter um par feliz e festivo, seja você primeiro alegre e festivo em sua vida." É sempre bom reler estas mensagens. Ainda mais hoje, que eu me peguei chorando, triste com alguns acontecimentos... Pensei comigo mesma que estava tudo bem me sentir triste de vez em quando. Lembro-me bem do professor Victor, falando lá na aula da Neijing, "Está tudo bem sentir-se triste de vez em quando. Ninguém precisa de uma máscara de sorrisos o dia inteiro, todos os dias. Isso não é natural." Sendo assim, eu estava me permitindo vivenciar esta tristeza um pouco.

Hoje é terça-feira. São cinco da tarde. A chuva cai forte aqui em Irajá. Acabo de telefonar para a minha paciente de Shiatsu para avisar que não poderei sair de casa com esse toró. Estão caindo muitos raios e um vento estranho está soprando, passando pela janela aqui da sala na lateral. Parace o assobia de uma bruxa que caçôa de alguma coisa.

Como os raios são finos e rápidos! Eles vêem do alto do céu e não parecem tocar o chão. Caiu um aqui bem no meio da pracinha em frente de casa! Espremi os olhos, como se uma árvore fosse ser derrubada. Não sei como tudo continuou no lugar.

Estou sozinha em casa. O silêncio da solitude é muito apreciável, mas senti medo do prédio cair e eu morrer soterrada. Meus medos instintivos de sobrevivência estão sendo todos revelados com o trabalho que estou fazendo com a minha amiga planta Chapéu-de-couro... O Reino Vegetal guarda em si muitos mistérios e só hoje em dia, passados muitos anos, posso entender as palavras de alguns Xamãs que cruzaram o meu caminho... A Chapéu-de-couro trabalha o fortalecimento da coragem e, para tanto, revela os medos inconscientes... pouco a pouco... Eu tenho sonhado... E têm me sido revelados os medos mais bobos, que nem eu mesma poderia imaginar que eu possuía! Medo de morrer soterrada, medo de ser uma alma ruim e ser sugada para um lugar ruim depois da minha morte, medo de não ter feito o suficiente enquanto viva. Medos, medos, medos. Não é para se espantar que já tive três crises de rim na tenra idade de trinta e três anos.

Esses medos são primários, mas eu sou grata por eles estarem sendo a mim revelados, e preciso ter respeito com o meu próprio processo e não ficar me questionando como eu, uma pessoa que busca ser espiritualizada, ainda consegue ter uns medos tão bobos. Vai entender! Eu apenas os observo, os conheço, tomo ciência deles. O auto-conhecimento é uma das maiores dádivas que podemos alcançar... Pouco a pouco, as minhas sombras estão sendo reveladas... para que eu possa ter mais ciência sobre elas. Sei que é chato, para quem queria ser perfeita. Mas o trabalho é assim mesmo.

Prefiro admitir os meus medos. Só assim poderei trabalhar na reconstrução das minhas idéias.

Um trovão acabou de fazer tremer tudo. Dá para entender por quê ele se chama assim: tro-vão. Mesmo sem querer, me segurei instintivamente na janela e olhei tudo ao meu redor. A rua está cheia de água. Como encheu rápido...

E se o prédio cair agora? Desabar tudo? Ruir! Sempre me disseram que esse prédio foi construído em cima de um pântano. Quando menor, eu sempre me sentia insegura por causa disso.

Olhando para a chuva, ouvindo o vento, sentindo o cheiro que sobe do cimento molhado, vendo a força dos trovões, eu só podia imaginar o quanto eu sou forte mas frágil ao mesmo tempo. "E se eu morresse agora? Será que eu fui uma alma boa o suficiente?" questionei-me.

Tudo o que aconteceu na Região Serrana me veio à mente. Chorei... Quanta gente morreu! Quanta gente ficou infeliz! As lágrimas insistiam em cair pelo meu rosto amedrontado. Me vieram a mente as frases de um jovem jornalista da região serrana... eu havia lido esse email hoje pela manhã... Ele falava de tudo que vira de triste e trágico. Do medo, do pânico. Ele disse que até mesmo os militares estavam em pânico. Mas que, por outro lado, ele viu o carinho e a esperança. ELe sentiu o carinho de centenas de pessoas que nem o conheciam, mas que se mobilizaram rapidamente para enviar roupas, comida, água. Mesmo as pessoas que haviam perdido as suas famílias, as suas casas, haviam encontrado no serviço um consolo, uma razão para viver.

Da janela, eu podia ver a chuva caindo com força. Ela caía também por sobre as copas das árvores que minha irmã gêmea e eu plantamos há cinco anos atrás... Mais de quinze árvores, só aqui na nossa rua. Mais de setenta árvores, só na rua do lado. Mais cem, em outra rua. Umas quinhentas, aqui no bairro. Mais de cinco mil, se formos contar tudo. "Para quê, meu Deus? Se, com um toque de sua mão invisível, tudo pode estar destruído em um só segundo?"

A minha melancolia já estava ficando chata até para mim mesma. Senti na pele algo que li certa vez no livro clássico de Medicina Chinesa, o Neijing: "O homem não está de modo algum separado da natureza". Eu não queria, mas estava sentindo com grave intensidade o que havia se passado na região serrana. A tristeza acometia o meu coração.

"Você pensou que seria fácil a vida na Terra, Atma?" indagou-me o meu companheiro, logo após o ocorrido na região serrana. Eu chorava, e estava deitada na cama sem vontade de levantar. Tudo estava ruim, feio, trágico. O mundo estava derretendo, sacudindo, se quebrando, se desmantelando! E, ainda assim, ainda queriam devastar mais um pedaço da Amazônia para construir uma mega hidroelétrica! Que seres humanos são esses? Que planeta é este? Fora isso, a previsão de 2012! Que meleca! Se tudo vai se acabar, por que não acabava logo de uma vez? Eu não via sentido nos atos dos homens! Eu não via sentido nessa manifestação caótica de vida! Tudo estava um caos! Por alguma razão, a tragédia na região serrana havia me mostrado essa face da vida com muita clareza.

Olhei para o meu namorado. Já tinha até me arrependido de ir para a casa dele. Eu estava de mau humor, de mal com a vida! Em vez de me abraçar e me acalentar em minhas tristezas, ele manteve-se de pé perto da janela e, em tom de voz firme - com sua voz de trovão - despertou-me,

"Ninguém nunca lhe disse que a vida no plano material seria fácil! Olhe como você está sendo ingrata! Egoísta!"

Engoli a saliva e fiquei olhando para o teto.

"Está aí chorando, enquanto pessoas que perderam suas casas, que perderam seus entes queridos, estão lá, trabalhando como voluntários!"

De súbito, a presença de Babaji fez-se presente conosco, com sua aurea perene e intransponível. Babaji é força de amor firme e não-egoísta.

Com o discurso dele, envergonhei-me, e pus-me sentada na cama, cabeça baixa. Respirei fundo algumas vezes e, de repente, foi como se uma nuvem escura houvesse sido afastada do meu horizonte. A nuvem do medo. Medo-ignorância.

"Eu estou envergonhada, Babaji.." vibrei. "Desculpe, você tem toda razão," falei.

Vendo que eu havia adotado outra postura, meu companheiro veio então para perto de mim e me abraçou.

Só então eu fiquei tentando imaginar o quanto deveria ter sido difícil para ele ter estado lá em Teresópolis - a cidade onde ele nasceu e foi criado - no dia em que tudo aconteceu. Ele pôde ouvir a chuva caindo forte, em uma mesma pancada incessante por mais de três horas. "Parecia que o céu ia cair," contou-me ele. No dia seguinte, quando saiu para andar de bicicleta com os amigos, foi que começou a descobrir a gravidade do que havia acontecido.

Agora, com essa chuva forte caindo de novo, aqui no Rio, penso no positivismo do jovem jornalista, que falou sobre carinho e esperança. Penso em Babaji, que me puxou as orelhas quando, por egoísmo, me permiti ficar triste. (E, no fundo, continuei.) Penso no meu companheiro, alma bonita de bem viver. Penso nas plantas, e no trabalho de cura que elas pacientemente realizam com o homem.

Encostei a bocheca na janela. "Será que toda essa vida vale a pena?" Dei de ombros. A vida é um mistério. Toda essa manifestação de energia. Eu sempre me pergunto o por quê! Mas, quer saber? Dei de ombros. Se é para acabar tudo, que eu esteja escrevendo, que é o que mais gosto de fazer.

Agora estou sentada no sofá e as gotas de chuva insistem em cair. O barulho estava mais assustador antes. Um padeiro até está passando, buzinando e anunciando pão quentinho, quarenta minutos depois de forte toró.

à minha mente, surge repentinamente uma imagem de monges tibetanos, no alto da montanha. Eles estão reunidos, sentados em volta de um pátio com uma estrutura redonda, onde eles depositam grãos de areia coloridos, formando belíssimas formas geométricas: mandalas tibetanas.

As mandalas tibetanas são feitas de areia. Apesar disso, ão construídas com todo o esmero. Cada grão é ajeitado cuidadosamente, primando para que a mandala fique perfeitamente harmoniosa e bela! Como estava linda, com suas cores de diversas tonalidades: laranja, amarelo, vermelho, prata, dourado, negro, ouro, verde...

"Por quê? Se depois vocês vão desfazer tudo, usando aquela vassourinha de mão?" perguntei a eles, pelo mundo a imaginação. Seus rostos me eram familiares.

Um velho monge bochechudo olha para mim, como se pudesse de fato me ver por algum mecanismo especial e, com a força do olhar, me diz sorrindo,

"Você sempre soube que seria assim. A mandala tibetana é para lembrar da transitoriedade de tudo o que existe no mundo material. A vida é como uma linda mandala tibetana. É transitória. Porque esta é a natureza do mundo material. Sempre foi assim. Por que se magoar com a natureza da dualidade?"

"Mas agora parece que tudo está mais evidente para mim..." balbuciei.

O monge sorriu. "É assim. Existe sempre um tempo para o espírito despertar certas habilidades." Ele disse isso e, com o sorriso iliminado em seu rosto cor de canela, pegou a sua vassourinha em miniatura e, com um movimento cheio de leveza, de um golpe só desmanchou grande parte da lindíssima mandala multi-colorida que levara dias para ser cuidadosamente construída. Os outros monges, em volta, sorriram. Um deles fez vibrar um sininho com cabo de madeira finamente trabalhado e com um fio de pano com um pom-pom colorido na ponta.

Fiquei observando o capricho, o esmero em cada detalhe. Quanto primor... Harmonia, beleza... Mesmo que seja tudo tão efêmero...

Depois de desmoronar a mandala por inteiro, o mestre de bochecha cor de canela tornou o olhar para mim novamente e, com o sorriso mais lindo que já vi vibrar em um olhar, me fez lembrar, "E por que não valeria a pena, Atma? Por que não valeria a pena?!"

Dizendo assim, desapareceu como que por encanto.

A chuva havia passado. O padeiro estava parado vendendo pão para a vizinha aqui da frente. Ela pegava o saco cheio de pão, enquanto a netinha puxava a barra da saia dela. O sol nasce todo dia. Os planetas giram. O sistema solar segue o seu percurso. A galáxia dança em meio a este universo de energia inimaginavalmente imenso e misterioso. Para quê tudo isso, meu pai?

Nunca soube dizer... Nunca soube...

Mas, de repente, me deu uma vontade de sair para andar. De chinelos! Para poder sentir um geladinho no meu pé. Umas folhinhas de grama grudando nos meus dedos. Sentir o sol que já estava se pondo tocando a minha pele. Sentir o vento. Ver as pessoas. Tudo tão temporário. Mas tudo tão perfeito em sua intensidade de força de vida!

Ô, vida misteriosa! Ensina-me a viver plenamente cada segundo desta manifestação de vida! Com sabedoria de bem viver...

Me ensina a ser tal como um grão de areia de uma linda mandala tibetana! Seja qual for a minha cor: rosa magenta, verde, azul, amarelo... Que eu apenas saiba bem viver.

Saí pela rua e fiz exatamente o que tinha imaginado. Voltei para casa cheia de fiapos de folhas nos pés. Ao chegar, a minha sobrinha já estava aqui em casa de novo.

"Tia Atma! Tia Atma!" gritava ela cheia de vida e de alegria por me ver de novo. Abracei-a, com carinho infinito, devolvendo a intensidade da alegria que ela me doava.

"Vamos ver Rei Leão, tia Atma?"

"Pela décima vez, Cristalzinha?"

"É, titia!" respondeu ela, com a mesma empolgação de sempre.

"Tudo bem..." pensei eu. "O sol nasce todo dia, o planeta gira inúmeras vezes em volta da Terra... O sistema solar gira em torno do sol central sei lá quantas vezes... Que mal há assistir o Rei Leão pela décima vez com a minha sobrinha?" pensei, e fui acometida por uma alegria muito grande no meu coração. E senti que, em tudo, havia uma ordem e um mistério, por mais caótica que alguma situação pudesse parecer.

Estava sentada assistindo o Rei Leão com a Cristalzinha quando, de súbito, tive a impressão de ver um vulto passar pelo corredor. Um vulto de um velho monge com bochechas-cor-de-canela.

Sorri, e pensei cá com os meus botões... "É... Tantas vidas... Tantas encarnações... Tantos mestres, tantos amigos! Mas, continuamos sempre unidos pelos laços do amor! Essa é a única certeza que eu tenho na vida."

E tudo me pareceu valer a pena. Essa é a mágica da vibração do Amor.

--
ATMA
atma.sensibilidade@gmail.com
odiariodeatma.blogspot.com/

Regulamento - VII Conc. de Trovas da UBT Maranguape-CE

Prezados Trovadores(as),

Encaminho informações sobre o VII Concurso de Trovas da UBT-MARANGUAPE/CE.

VII CONCURSO DE TROVASUBT-MARANGUAPE/2011
1. TEMAS E ÂMBITO:
a) Nacional/Internacional:
“Ecologia” (Trova lírica ou filosófica) e
“Queimada(s)” (Trova Humorística)

b) Estadual:
“Floresta(s)” (Trova lírica ou filosófica) e
“Macaquice(s)” (Trova Humorística)

c) Municipal:
.“Sol” (Trova lírica ou filosófica) e
“Locutor(es) ou locutora(s)” (Trova Humorística)

OBS.: Os trovadores de outros Estados poderão participar quaisquer dos temas de âmbitos Estadual e Municipal, fazendo jus a diploma de Participação Especial, desde que suas trovas sejam selecionadas pelos julgadores.

2. ENDEREÇO PARA REMESSA DAS TROVAS:
i) Por e-mail para o endereço eletrônico:
Ubt.mpe@gmail.com.br, indicando o nome do autor, e-mail, endereço completo, fone e CEP.

ii) Pelo correio:
Moreira Lopes
VII Concurso de Trovas
R. Major Agostinho, 558 – Centro
61.940.090 – Maranguape/CE

Remetente: Colocar LUIZ OTÁVIO e repetir o endereço para remessa das trovas.

3. LIMITES:No máximo uma (1) trova para cada concorrente

4. PRAZO PARA REMESSA: Até 31 de maio de 2011.

Conto com a participação dos trovadores e solicito divulgar entre seus contatos.

Abraços
Moreira Lopes
Presidente da UBT-MARANGUAPE/CE

Mensagens Poéticas de 04/fev/2011 - por Ademar Macedo

<<< Uma Trova Nacional >>>
Num simples gesto de luz,
Cristo nos dando respostas,
abriu os braços na cruz
e nos deixou de mãos postas.
(José Antonio Jacob/MG)

<<< Uma Trova Potiguar >>>
Tapera, triste tapera,
resto de mansão caída,
imagem da primavera
dos sonhos da minha vida.
(Orilo Dantas/RN)

<<< Uma Trova Premiada >>>
2000 > Niterói/RJ
Tema > DELÍRIO > M/H.
Nos delírios sem alardes
das ilusões artesãs,
há sóis que nascem nas tardes
e luas pelas manhãs!!!
(Eduardo A. O. Toledo/MG)

<<< Simplesmente Poesia >>>

MOTE:
Com pincel remanescente
que a saudade me legou,
pinto a vida sem presente
que o passado me roubou.

(Dáguima Verônica/MG)

GLOSA:

Com pincel remanescente
tentei teu rosto pintar
mas saiu tão diferente...
parece...um gato a miar!...

Na lembrança desbotada
que a saudade me legou,
pareces cana prensada
que só o bagaço restou...

Sou pintor malediscente,
mão-de-vaca e zombeteiro:
pinto a vida sem presente
só pra não gastar dinheiro.

Com a cuca nua em pêlo,
vou cobrar, juro que vou,
cada fio de cabelo
que o passado me roubou.

(Juraci Siqueira/PA)

<<< Uma Trova de Ademar >>>
Com o passar dos meus dias
a própria vida aprimora...
Faz eu viver alegrias,
que sinto apenas por fora!
(Ademar Macedo/RN)

<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
O adeus nem sempre é verdade
e a distância pouco importa:
para que surja a saudade,
basta, entre nós, uma porta.
(Mário Peixoto/RJ)

<<< Estrofe do Dia >>>
Os relâmpagos luziam
como eletrizantes tochas,
cujas faíscas desciam
riscando os lombos das rochas,
fortes trovões retumbantes
davam tiros ressonantes
como canhões numa guerra;
e os coriscos ardentes
queimavam com raios quentes
os seios moles da terra.
(Diniz Vitorino/PB)

<<< Soneto do Dia >>>

TER FÉ, LUTAR, VENCER...

– Francisco Macedo/RN –

Sempre que ecoa em mim o sofrimento,
reflexo da derrota que sofri,
reflito: Quis lutar, se não venci,
mas o ato de lutar dá novo alento.

Ter fé, lutar, vencer, é o meu intento,
vou buscando o meu sonho por aí...
Se estou na luta é que não desisti
a coragem e o amor... Meu armamento!

Sim!... Só aquele que cai pode se erguer,
se a gente não lutar, não vai vencer,
sofrerá o remorso do fracasso!

Vou enfrentar as lutas desta vida,
sem correr, não se vence uma corrida:
A trilha da vitória, eu mesmo traço...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Fitoterápicos - por Atma

Fitoterápicos

R$ 5,00 vidro de 20 ml (1 mês de uso) + taxa de entrega
Bom para ser usado por shiatsuterapeutas e acupunturistas, para receitar para seus pacientes.

Alecrim - Estimula a produção de serotonina (combate a depressão). Qi do Coração. Combate processos inflamatórios, pois harmoniza o fogo do coração, Uma das consequências é diminuir a incidência da celulite. Não deve ser usado por pessoas com pressão baixa, só se for em doses muito pequenas.

Bardana - Ajuda a crescer cabelo, fortalece o Qi do Baço, deixando os músculos mais firmes.

Chapéu-de-couro - Limpa o sangue, trabalha a coragem, revela os medos guardados na alma, fortalece o Qi do Rim. para quem tem dores na região lombar, dores nos joelhos. harmoniza ácido úrido. auxiliar no processo de emagrecimento.

Espinheira santa- Tira calor do estômago, pra quem tem gastrite. é calmante, cicatrizante.

Ipê roxo – Regenerador celular. Liberta os pensamentos esquecidos que estavam presos no insconsciente, para que sejam reestruturados e requalificados, soltando pequenos nódulos de energia negativas que estavam aprisionados no sistema. Por esta razão, combate qualquer processo degenerativo. Bom para harmonizar a saúde da mulher, principalmente aquelas que estão sempre com corrimento e candidíase repetida.

Oliveira com maracujá - Anti-oxidante e relaxante. Bom pra tomar de noite, regenera as células e combate o envelhecimento e relaxa por causa do maracujá.

--
ATMA
atma.sensibilidade@gmail.com
odiariodeatma.blogspot.com/

CLUBE DA PREVENÇÃO TERAPIAS NATURALISTAS
SHIATSU - REIKI USUI - FLORAIS DE BACH E SAINT GERMAIN - FITOTERAPIA - IRIDOLOGIA.

ARARA REAL PRODUTOS TERAPÊUTICOS ARTESANAIS
XAMPUS NATURAIS - CREMES - POMADAS PARA ALIVIAR A DOR - ÁGUAS FLORAIS - PRODUTOS 100% NATURAIS SEM CONSERVANTES.

Crônica - Simone Alves Pedersen

O VERBO REI

Outro dia, ouvi uma avó perguntar para o neto: “Você está ficando com alguém?”. Fiquei arrepiada. Minha avó nunca faria tal pergunta e eu jamais ousaria responder como o neto: “Não vó, tô só pegando umas por aí”. Os tempos mudaram, todos sabemos. Os verbos mudaram com o tempo também e se não tomarmos cuidado não conseguiremos mais nos comunicar com a nova geração. Já é impossível trocar correspondência com eles. As vogais enfraquecidas desistiram e pediram asilo em livros de reinos antigos. A guerra dos e-books Readers foi deflagrada. Hoje virou “hj” e cadê virou “kd”, que pode ser “cada” ou coisas muito piores. Na minha época, as pessoas namoravam, noivavam e se casavam. A moça era noiva: verbo ser, já que desistências eram raras. Hoje, os jovens não são mais nada, apenas “ficam” ou “pegam”. Pessoas não dizem mais “somos casados”. Com a alta taxa de divórcio é mais seguro se apresentar como “estou casado com fulana ou fulano, no momento”. Quem sabe como vai terminar a noite? Vai que ele – ou ela – decida “pegar” alguém... Tenho amigos que passaram por vários casamentos em suas vidas e ainda não chegaram aos cinquenta anos... Sei que ainda receberei convites de casamentos com um dos nomes repetidos. Mas em vez de Bodas de Prata ou Ouro, onde os dois nomes são conhecidos, na maioria das vezes nem chegamos a conhecer o cônjuge antes de receber o novo convite. Presente de casamento era coisa séria, importante. A partir do terceiro casamento, quem arrisca investir em um presente para a vida toda? Culpa de quem? Dele ou dela? Culpa da modernidade e da globalização. Lembro-me que quando era jovem um engenheiro se apresentava assim: “Sou o João, engenheiro mecânico da Ford”. O verbo ser passava segurança, firmeza, continuidade, era quase eterno. Sim, porque quem entrava em multinacional como aprendiz de ferramentaria, por exemplo, sabia onde bateria o cartão até a aposentadoria. Hoje, temos leitores ópticos, scanners, leitores de digitais e íris, apesar do número de funcionários ter reduzido drasticamente pela automatização das linhas de produção. Os departamentos eram complexos, com muitas vagas. Não havia terceirização de serviços como hoje e seus contratos que podem ser desfeitos num estalar de dedos, quero dizer, num clicar da tecla “enter”, facilitado pela curta validade, falta de aviso prévio, pagamento de FGTS, abono, proporcional de férias, festinhas com salgadinhos... Não existia “empregado inseguro”: a pessoa estava empregada ou desempregada. Conheço engenheiros que demitidos tiveram que mudar radicalmente de campo de atuação. Administradores que aceitaram salários quatro vezes menores para voltar ao mercado depois de três anos sem trabalhar. O verbo ter também se revoltou. Pensamos que temos alguma coisa, mas ele não existe mais. Mudou-se para outros hemisférios. Aqui no Brasil, não podemos dizer que temos um carro, o ladrão pode levá-lo no próximo farol. Usamos um carro. Não temos uma casa, pois se perdemos o emprego, a casa se transformará em tijolos comestíveis. O verbo TER sempre foi o bobo da corte. Ilusionista nos faz acreditar em mágicas vazias e momentâneas. Quem manda nessa terrena monarquia é o Chefe do Parlamento, o verbo ESTAR e seus assessores Ficar, Pegar e Usar. O verbo SER precisa ser coroado, antes que sobrem apenas súditos robotizados, cintilantes por fora e vazios por dentro.

SIMONE ALVES PEDERSEN
União Cultural - Vinhedo-SP

http://www.simonealvespedersen.blogspot.com/

Reunião - Núcleo Bahia da UBE

Núcleo Bahia da UBE
Promoverá a primeira reunião, dia 5 de fevereiro, na Biblioteca Pública Thales de Azevedo.

A União Brasileira de Escritores, Núcleo Bahia, promoverá no dia 5 de fevereiro (sábado), na Biblioteca Pública Thales de Azevedo (Costa Azul), sua primeira reunião oficial aberta ao público. Escritores, poetas, jornalistas, articulistas, professores e leitores em geral são esperados para discutir as possibilidades de fortalecimento dos escritores baianos.
Entre as pautas que serão apresentadas estarão: o fortalecimento do movimento literário na Bahia; Bienal do Livro, V congresso de escritores brasileiros, articulação com instituições públicas e privadas, entre outros temas de interesse dos escritores.
"O Núcleo da UBE na Bahia surge como uma possibilidade de reunir os escritores, visando buscar soluções conjuntas em torno da expansão da literatura baiana e o reconhecimento do autor local junto aos leitores e os meios de comunicação”, destaca Carlos Souza, o representante do Núcleo.
A idéia da criação do Núcleo da UBE na Bahia nasceu de conversas entre Carlos Souza e Roberto Leal, que logo em seguida compartilharam da iniciativa com outros escritores que também farão parte do Núcleo. A partir desse momento, os idealizadores dialogaram com a UBE de São Paulo, que de imediato apoiou a iniciativa.
O Núcleo foi anunciado em setembro de 2010, durante o I Encontro de Escritores Baianos Independentes, realizado pela Fundação e Selo Editorial Ómnira. No evento, os organizadores distribuíram para o público presente, uma cópia do ofício recebido da União Brasileira de Escritores (UBE) de São Paulo, assinado pelo atual presidente, Joaquim Maria Botelho, nomeando o jornalista e escritor Carlos Souza como representante da UBE na Bahia.
Parceria - A UBE da Bahia nasce em parceria com a União Brasileira de Escritores de São Paulo, a mais antiga associação de escritores do Brasil. Criada em 17 de janeiro de 1958, resultado da fusão da Sociedade Paulista de Escritores com a Associação Brasileira de Escritores. A organização tem como objetivos principais discutir políticas culturais que atendam aos interesses dos associados e defender seus interesses em todas as manifestações literárias, em poesia e prosa.

Serviço:
O que: Primeira reunião oficial da UBE, Núcleo Bahia
Onde: Na Biblioteca Pública Thales de Azevedo - Rua Adelaide Fernandes da Costa, s/n, próximo ao Parque Costa Azul – Salvador /BA
Quando: Dia 05 de fevereiro (sábado), às 9h30
Entrada: Gratuita
Informações: (71) 8122-7231

http://www.ube.org.br/noticias-detalhe.asp?ID=237
http://carlossouza.zip.net/

Apresentação - Dança do Ventre - Taubaté-SP

Grupo: Baladi
Local: Palco da Praça da Eletro
Dia 19/02/2011
Horario: das 20:00 as 22:00 H
Tipo de atração: Dança do Ventre

ANA PAULA VIEIRA
Produart Eventos
12- 9111-6566/ 8804-4002

Letra e Música - Luiz Alberto Machado

CRENÇA

Letra & música de Luiz Alberto Machado*

É preciso respeitar melhor a vida
no amor que traz a paz que é tão bem vida.
Amar para se ter além do passional
e o coração valer o ser humano universal.

É preciso respeitar as diferenças
e não se equiparar ao que é hostil nas desavenças.
Lutar contra a mantença desigual
que forja o algoz na força do poder irracional.

Se entregar agora, todo dia e a noite inteira,
testemunhar assim as coisas verdadeiras.
Colher a lágrima do olhar mais desolado
para irrigar a sede do carinho devastado.

É preciso ter no olhar a flor da vida,
trazer a luz do sol nas mãos amanhecidas.
E perceber o amor no menor gesto natural
para valer o sonho mais presente mais real.

Se entregar agora, todo dia e a noite inteira,
testemunhar assim as coisas verdadeiras.
Colher a lágrima do olhar mais desolado
para irrigar a sede do carinho devastado.

E afinal poder sorrir
como quem vai feliz viver,
a manter a crença e o seu proceder na paz.
Semear a vida no ideal de colher
o que virá depois
pra ser alegria imensa para um, mais dois, mais!
Viver a vida pelo que foi e será, é e será!

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Arranjo de Jarbinhas Barros.
Veja o clipe de Crença no YouTube.

* LUIZ ALBERTO MACHADO é escritor, compositor musical e radialista (Reg. Prof. 1511/DRT-PE) , editor do Guia de Poesia do Projeto SobreSites e membro da Cooperativa dos Músicos de Alagoas - COMUSA. Escreve regularmente para jornais, revistas e alternativos além de blogs, sites e portais da internet. Já publicou 6 livros de poesias, 7 infantis, 2 de crônicas além de ter vários textos publicados em veículos impressos e virtuais do Brasil e do exterior. Parte do seu trabalho está reunido na sua home www.luizalbertomachado.com.br

Poema - Fátima Venutti

CRISÁLIDA

Só penso em rasgar minha pele
E te ver por dentro.

Noite passada,
suicidei minhas veias
E vi parir teu sexo
dentro da minha mente

Então,
Gozei todos os pruridos
Feito suor e sal.

Me fartei.

Fátima Venutti

Mensagens Poéticas de 03/jan/2011 - por Ademar Macedo

<<< Uma Trova Nacional >>>
Nesta noite em que me aleito
da tua doce presença
quero acolher-te em meu peito
e te tornar minha crença.
(Ester Figueiredo/RJ)

<<< Uma Trova Potiguar >>>
Permita-me que eu insista
de maneira peremptória,
pior que cego da vista
é não ter visão da história.
(Sérgio Severo/RN)

<<< Uma Trova Premiada >>>
2000 > Niterói/RJ
Tema > DELÍRIO > M/H.
Num delírio descabido,
meu estro, em versos febris,
supõe o amor não vivido
e finge que foi feliz!
(Pedro Ornellas/SP)

<<< Simplesmente Poesia >>>

CONTIGO NAMORANDO

– Frassino Machado/Portugal –

Quando eu te senti m' enamorei
e se votos tinha me esqueci
e se alguém no mundo eu recordei
és a mais formosa que já vi...

Não tenho que ter nenhum cuidado
nem tratar de ter preocupação
eu me basto só com a emoção
que me tem na alma bem gravado
teu nome, tua vida e coração !...

<<< Uma Trova de Ademar >>>
Debruçado sobre a mata,
o Luar, tal qual pintor,
pinta as folhas cor de prata
e pinta o chão de outra cor.
(Ademar Macedo/RN)

<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
Animais, árvores, gente,
a mesma lei determina,
pois somos todos semente
da inteligência divina.
(Newton Meyer Azevedo/MG)

<<< Estrofe do Dia >>>
Palavras tontas ao vento
são rimas sem conteúdo,
são o discurso de um mudo
que só causa desalento.
Quem não tem discernimento
não escreve com magia ...
Quem não tem sabedoria
não consegue se encantar.
Só quem sonha e sabe amar
tem o dom da poesia.
(José Reinaldo Melo Paes/AL)

<<< Soneto do Dia >>>

A FOTO

– Eduardo A. O. Toledo/MG –

Revelando-se a foto, uma saudade
já se mostra, de pronto, por inteira:
– A igreja... a praça e, nela, a cantoneira
despencando gerânios na cidade...

No fundo, a foto envolve a claridade
de luzes sobre o topo da roseira
e sombras sob os pés da quaresmeira,
pendida pelo sol da liberdade.

E mostra mais: os fios da meiguice
que a adolescência urdiu para a velhice,
em teias salpicadas de ilusão...

– Mas a saudade, enfim se faz completa,
quando reflete o vulto de um poeta
se esmaecendo na revelação!!!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Texto - Vanise Buarque



Fé... Que palavra exigente!
Quando diante de nós se depara, altera o porquê de nossa vida ao surgir
o imponderável "desafio certeiro" cuja "senha" é requisitada.
Devemos contar, pois, com a ajuda do nosso "fiel escudeiro" - aquele que
nos acolhe, sincero, no seu "clube da esperança" onde "dias melhores
virão" (com bom efeito e certeza!).
Da fé façamos, então, escudo contra o ressentimento causado pela
vida, que vai seguindo - inabalável - provando-nos, a todo custo, o que
é importante para a nossa "individualidade": que encontremos guarida
no sentimento definido pela simples palavra amizade.

VANISE BUARQUE

Recado da Academia de Letras de Maringá-PR

Caros (as) amigos (as) das Letras,

Vejam no site da Academia de Letras de Maringá - ALM /
http://www.academiadeletrasdemaringa.com.br/ :

1) Secretaria de Cultura de Maringá - Programação de fevereiro de 2011.
http://www.academiadeletrasdemaringa.com.br/?page_id=3

2) TROVIA - Revista virtual mensal - Coordenador: A. A. de Assis.
Ano 12 - nº. 134 - fevereiro de 2011
http://www.academiadeletrasdemaringa.com.br/?page_id=2634

3) Concursos literários em andamento.
http://www.academiadeletrasdemaringa.com.br/?page_id=370

Fraterno abraço,

Olga Agulhon

Mensagens Poéticas de 02/jan/2011 - por Ademar Macedo

<<< Uma Trova Nacional >>>
Inspiração não é tudo:
para uma obra ser completa,
carece de tempo, estudo
e o trabalho do poeta.
(Adamo Pasquarelli/SP)

<<< Uma Trova Potiguar >>>
Sob a luz da inspiração
a vibrar garbosa e pura,
a trova é ardente expressão
no cenário da cultura!
(Maria Antonieta Bittencourt/RN)

<<< Uma Trova Premiada >>>
1994 > Belo Horizonte/MG
Tema > OÁSIS > M/H.
Após venturas fugazes
e o travo da despedida,
vou procurando um oásis
pelos desertos da vida.
(Cícero Francisco da Rocha/MG)

<<< Simplesmente Poesia >>>

CANÇÃO DE ALTA NOITE

– Cecília Meirelles –

Alta noite, lua quieta,
muros frios, praia rasa.

Andar, andar, que um poeta
não necessita de casa.

Acaba-se a última porta.
O resto é o chão do abandono.

Um poeta, na noite morta,
não necessita de sono.

Andar... Perder o seu passo
na noite, também perdida.

Um poeta, à mercê do espaço,
nem necessita de vida.

Andar... — enquanto consente
Deus que a noite seja andada.

Porque o poeta, indiferente,
anda por andar — somente.
Não necessita de nada.

<<< Uma Trova de Ademar >>>
Fico triste ao constatar
que um homem cheio de fé,
possa um dia ir trabalhar
sem ter direito ao café!
(Ademar Macedo/RN)

<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
Foi por falta de carinho
que errei e perdi meus passos,
mas bendigo o “mau caminho”
que me levou aos teus braços...
(Nádia Huguenin/RJ)

<<< Estrofe do Dia >>>
Na favela se repete
quadro de perdas e danos,
prostituta aos onze anos,
marginal aos dezessete;
onde o político promete
casa, emprego, chão, calçado,
depois do voto apurado
joga a promessa no mato,
a favela é o retrato
de um povo discriminado.
(João Paraibano/PB)

<<< Soneto do Dia >>>

QUANTO TEMPO NOS RESTA?

– José Antônio Jacob/MG –

Nossa vida é uma história mal contada,
Uma vaga novela incompreendida...
Para alguns é um feliz conto de fada,
Para outros uma lenda indefinida...

Vivemos, de alvorada em alvorada,
(Que tempo ainda nos resta nessa vida?)
A dar sorrisos largos na chegada
E a lamentar a perda na partida.

Que bom matar o tempo numa rede,
Se ele nos desse a viva eternidade
De um quadro pendurado na parede...

E, enquanto a vida passa e o tempo avança,
Quanta tristeza vai numa saudade,
Quanta alegria vem numa esperança!

Poesia - Pablo Neruda

É PROIBIDO

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,
Não transformar sonhos em realidade.

É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.

É proibido deixar os amigos
Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.

É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,
Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.

É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,
Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.

É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.

É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,
Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.

É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,
Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.

É proibido não buscar a felicidade,
Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.

PABLO NERUDA

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Mensagens Poéticas de 1º/fev/2011 - por Ademar Macedo

<<< Uma Trova Nacional >>>
Da rosa tenho o perfume,
também carrego o espinho.
Por isso não se acostume,
só com cheiros no meu ninho.
(Dalinha Catunda/CE)

<<< Uma Trova Potiguar >>>
Pintar o que a natureza
fez com tanta maestria:
– só Picasso com certeza,
o teu corpo pintaria.
(Ivaniso Galhardo/RN)

<<< Uma Trova Premiada >>>
2005 > Niterói/RJ
Tema > PROMESSA > MENÇÃO ESPECIAL
Foi como em cristal impressa
tua palavra de então;
não só quebraste a promessa,
jogaste os cacos no chão!!
(Amália Máx/PR)

<<< Simplesmente Poesia >>>

“NORDESTIDADE”

– Sergio Severo/RN –

Muitas maneiras existem
no SER de um Nordestino
umas pra cumprir destino
e outras por melhor sorte.
Mas, se parido pro norte,
algo já fica marcado,
inserido,
incalcado,
do nascer até a morte.

E por mais que o tempo entorte
das nossas costas a espinha,
e por mais que o tempo corte
nossos cachos... carapinha,
o que fora diferente
aos poucos se torna igual.
Não sei se por bem; por mal,
isso acontece com a gente.

Um Nordestino não mente,
com a fala do olhar,
mesmo com a língua a falar,
do sonho, da fantasia,
da inverdade ou do "trote".
É como se fosse um mote
que outra glosa não daria.

É uma imensa olaria
com tanta forma de pote,
mas que por aqui se anote:
rude, fino, mal formado,
o mesmo barro é usado,
não importa qual o lote.

E é bastante que se bote
tão desiguais lado a lado,
pra que o fato se comprove,
para ficar atestado,
num mesmo olhar que comove,
um Povo Nordestinado!

<<< Uma Trova de Ademar >>>
A crença nunca dá pé
quando a fé não lhe acompanha;
aquele que não tem fé
jamais remove montanha.
(Ademar Macedo/RN)

<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
No amor é bom ter cuidados
para evitar dissabor...
nem sempre em beijos trocados
trocam-se beijos de amor.
(Milton Nunes Loureiro/RJ)

<<< Estrofe do Dia >>>
Empresário de sucesso,
eu tive tudo o que quis,
eu pensava ser feliz,
mas a verdade eu confesso.
Logo após o retrocesso,
da borrasca e do soçobro,
a vida teve desdobro,
de forma extraordinária,
na produção literária,
a poesia deu-me em dobro.
(Francisco Macedo/RN)

<<< Soneto do Dia >>>

P O E T A

– João Batista Xavier Oliveira/SP –

O poeta, vetor da porcelana,
é o arauto das dores e janelas.
Suas veias, refúgio das procelas;
coração, a ruína da pantana.

Ele é o misto dos olhos sem cancelas
com murmúrios que ouvido não se engana.
E na busca da força sobre-humana
sorve o brilho das auras e aquarelas.

Sonha grande e maior é a plenitude
do caminho perene da altitude
em limite de céu, seu companheiro.

Mente aberta aos meandros das mensagens;
mãos dispostas aos versos das miragens...
eis o vate das asas hospedeiro!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Poema - Cláudia Muniz

O ENCONTRO

Vim embora com o sabor do seu beijo.
Seu cheiro marcante ficou em mim.
Seu sorriso mostrando desejo me acompanhou.
E a estrada sempre tão vazia, esteve cheia de você.

Naquele momento me senti desejada.
Senti que a paixão dominou meu ser.
Queria seu beijo, muitas vezes mais
Queria seu abraço, para voltar à paz .

Estava tão sozinha, numa solidão dolorida
Mas no seu controle me senti protegida.
Quero você, sempre que possível
Quero te ver, sempre aqui comigo!

CLAUDIA MUNIZ
União Cultural - Conselho Taubaté-SP

Conto - Imá Fonseca

AS VIRTUDES DE DONA MIZÉ

IMÁ FONSECA

Em qualquer cidade, em qualquer bairro, em qualquer rua, melhor dizendo em qualquer lugar do mundo, existem as comadres, - aquelas mulheres, matronas solícitas e companheiras nos momentos difíceis. Às vezes dá a impressão de não terem vida própria tal a solicitude e desprendimento com que absorvem nossos problemas; como sentem nossas dores e como são desprendidas em nos socorrer.
Na minha rua, como não podia ser diferente, tínhamos este anjo protetor, era a vizinha que todos sonham ter. Se formos descrever suas atenções, seus conhecimentos e sua disponibilidade, vamos tecer uma rede de virtudes. Até parteira (mesmo nos dias de hoje) poderia ser; aliás, contando suas estórias dizia que lá no interior já fizera uma dúzia deles. Suas quitandas e doces eram apreciadíssimos e sempre éramos agraciados com fartas porções; o meu predileto era “ambrosia” (doce de ovos). O interessante é que sua solicitude a levava a freqüentar praticamente todas as casas do bairro, mas parece que ninguém a visitava, não sei se não gostava de receber visita ou se não tinha tempo, dada sua intensa vida social. Sempre que saía de nossa casa (uma rotina às vezes em doze dupla /tripla – manhã, tarde... e noite!) minha mãe a acompanhava até a porta e a despedida era sempre a mesma: - então até mais ver D. Mizé, muito obrigada, Deus a abençoe, qualquer dia lhe farei uma visita...e a resposta também era a mesma: - ora, ora, não há de que, então não é dando que se recebe...apareça D. Mundica!
A distância era de apenas duas quadras da nossa casa, quando aparecia pela manhã, entrava sorrateiramente pelos fundos e ia direto para a cozinha, sempre levando uma quitanda quentinha, recém-saída do forno e com o cigarro apagado entre os dedos, pegava minha mãe justamente no momento em que estava passando o café. Ali já lançava seus olhos argutos sobre minha mãe procurando alguma mancha, algum inchaço, ou alguma alergia; qualquer coisa que necessitasse de uma reza que faria na hora e como não havia nenhum desses sintomas começava a perguntar se ela ou os demais da casa não sentiram dores de cabeça, diarréia, enjôos, e etc. Então depois destas curiosidades médicas despejava as notícias da redondeza; nenhum acontecimento poderia lhe escapar, era sempre a primeira a saber e a espalhar a novidade e quando não havia nenhuma, fazia previsões que logo eram confirmadas. Quando não aparecia pela manhã, era a tarde, ou então à noite e às vezes em todos os turnos, pelo menos duas vezes por semana. Até hoje não sabemos se mamãe gostava ou não, parecia que sim, pois sempre a recebia com cordialidade e atenção.
Não fosse pela estranha forma de viver, D. Mizé chamaria a atenção do mesmo jeito: - era uma mulher pequena, rechonchuda, mas de cintura fina; o rosto redondo corado era salpicado pelas sardas, tinha olhos azuis e os cabelos curtos encaracolados da cor de fogo (naturais, segundo dizia), a idade era meio indefinida, entre os trinta e cinco quarenta e cinco anos. Era viúva, não tinha filhos e cuidava do pai, um senhor esquelético que ficara cego devido à diabetes.
Aquela mesma atenção que dispensava à minha casa, era distribuída entre toda a circunvizinhança, sem ficar devendo nada a ninguém, pois todos tinham uma dívida de gratidão com ela: - era a advogada que defendia os direitos do Seu Nicolau cuja vidraça fora quebrada pelo moleque filho do vizinho; era a juíza que sentenciava a condenação da filha de D. Maria que pulou a janela para sair com o namorado: era a amiga que consolava Belinha quando o Zeca a traía; era a companheira que animava D. Constância na sua viuvez; era a doutora que prestava os primeiros socorros quando Juju quebrou o braço; etc., etc. Era pau para toda obra, segundo ela própria se apresentava; precisando era só chamar!
Dona Mizé havia ganhado a confiança de todos, mas algumas vezes havia até uma certa confusão entre as famílias; algumas mulheres não entendiam o porque da tamanha dedicação de seus maridos, que até se esqueciam que existia médicos, advogados, juízes, todos a seu serviço, se solicitados; antes por qualquer coisa corriam atrás de D. Mizé. Por outro lado a maioria das mulheres confiavam sua vida à benfazeja, entregando os problemas dos maridos e dos filhos a ela, irritando-os profundamente quando a “toda poderosa” com ares de detentora da verdade invadia sua privacidade com conselhos e rezas de descarrego.
Contudo D. Mizé era querida por todos e invariavelmente dia após dia praticava suas boas ações, pelo menos era a opinião da maioria, não fosse o seu intragável desafeto – o Padre Anacleto. Por acaso a casa paroquial anexa à pequena Igreja dava fundos para o quintal de D. Mizé, e o padre até já se referira a ela como bruxa, não aceitava suas rezas e as intromissões na vida daquelas famílias. Em contrapartida quando ela se referia ao assunto dizia que eram ciúmes, porque o padre não conseguia arrebanhar ovelhas, enquanto que ela se quisesse encheria várias igrejas do tamanho daquela.
Entretanto, para um bom entendedor, parecia haver uma mensagem oculta nas entrelinhas do padre, aquilo não era apenas antagonismos de idéias ou rivalidades religiosas não! Padre Anacleto parecia guardar um segredo! Sua diferença com D. Mizé ia além do dito e conhecido! Mas como descobrir, se padre não pode revelar segredos, mesmo quando não são de confissão? Se é um fato que viu, ou ouviu, ainda mais naquela paróquia, onde todos a endeusavam, como apontar o dedo e acusar a benfeitora a quem todos de uma maneira ou de outra tinham o rabo prezo!
Certa vez o padre chegou a pensar em procurar o bispo, mas depois pensando mais sensatamente viu que seria inútil, poderia comprometer sua imagem diante da igreja, e quem sabe até do Vaticano! Como conseguir provas? Seria aquele caso de âmbito da igreja? E se fizesse as coisas às escondidas, anonimamente... Também seria complicado pois violaria seus princípios, se pelo menos ela fosse uma ovelha do seu rebanho poderia aborda-la para uma conversa... Não! Aquele caso em princípio estava sem solução, mas por outro lado como lidar com sua consciência sendo defensor de princípios e boa moral?
Mesmo aconselhando-se com Deus não encontrava uma saída e a situação continuava escancarada diante de seus olhos, quando da janela de seus aposentos olhava para o quintal de D. Mizé.
Uma coisa que não entendia era a passividade daquelas pessoas; será que ninguém jamais se sentiu curioso em conhecer aquela casa? Afinal D. Mizé entrava e saía de todas as casas à vontade; era certo que aparentemente ela estivesse sempre ausente, menos nas terças e quintas à tarde, mas parece que ninguém nunca conferiu isto. Somente Padre Anacleto sabia que ela tinha lá seus momentos para o lar... Mas de qualquer forma a matrona era esperta, sua casa ficava trancada a sete chaves, para entrar lá tinha que chamar na campainha e isto levantaria a lebre; surpreende-la era impossível!
Naquela terça -feira mesmo tentando se conter, (depois de muito pensar decidiu que o melhor era ignorar) o padre não resistiu, das frestas da sua janela pode acompanhar o início das seções (em média uma hora para cada garoto) – era exatamente duas horas da tarde e duraria até as cinco: não havia bebida, só cigarros, sucos e frutas. As cenas se passavam num cômodo semi-aberto, decorado de vermelho e dourado; uma cama redonda no centro, espelhos de um lado e samambaias do outro e uma música frenética em tom baixo preenchia o ambiente.
O garoto com ares entre amedrontado e curioso, estava encolhido timidamente no meio da cama só de cueca olhando fixamente para um determinado ponto, de onde logo saiu a virtuosa D. Mizé, dançando a “dança do ventre”. Ela vestia apenas uma bata dourada, minúscula e transparente, que ao rítimo da musica ia escorregando pelos ombros até cair a seus pés; depois insinuante e vagarosamente como uma gata, aproximou-se do rapaz enroscando-se a ele, que embora ansioso para dar início à sua “iniciação”, recuou assustado, mas foi logo vencido pelas virtudes de Dona Mizé.

Júlia Blanque na Livraria Saraiva - São Paulo-SP - em noite de autógrafos e quirologia

C O N V I T E

Eu, Júlia Blanque, e a livraria Saraiva
estamos convidando você, para este momento especial!


O evento de autógrafos e quirologia na Saraiva, em dezembro, foi um sucesso!
Devido ao retorno extraordinário dos leitores, estarei realizando
pela segunda vez, a leitura técnica das mãos dos interessados na loja e,
autografando meu livro.
Enfatizarei as Virtudes e Pontos a Melhorar, Essência e Ego de cada um.

A quirologia é uma ferramenta para o desenvolvimento pessoal,
tema que também menciono no livro.

Invista em autoconhecimento, sem preconceitos, sem medos.
É uma fortalecedora viagem interior,
uma conexão com sua Essência divina!

Um super feixe de luz!

Júlia