sábado, 5 de fevereiro de 2011

Mensagens Poéticas de 02/jan/2011 - por Ademar Macedo

<<< Uma Trova Nacional >>>
Inspiração não é tudo:
para uma obra ser completa,
carece de tempo, estudo
e o trabalho do poeta.
(Adamo Pasquarelli/SP)

<<< Uma Trova Potiguar >>>
Sob a luz da inspiração
a vibrar garbosa e pura,
a trova é ardente expressão
no cenário da cultura!
(Maria Antonieta Bittencourt/RN)

<<< Uma Trova Premiada >>>
1994 > Belo Horizonte/MG
Tema > OÁSIS > M/H.
Após venturas fugazes
e o travo da despedida,
vou procurando um oásis
pelos desertos da vida.
(Cícero Francisco da Rocha/MG)

<<< Simplesmente Poesia >>>

CANÇÃO DE ALTA NOITE

– Cecília Meirelles –

Alta noite, lua quieta,
muros frios, praia rasa.

Andar, andar, que um poeta
não necessita de casa.

Acaba-se a última porta.
O resto é o chão do abandono.

Um poeta, na noite morta,
não necessita de sono.

Andar... Perder o seu passo
na noite, também perdida.

Um poeta, à mercê do espaço,
nem necessita de vida.

Andar... — enquanto consente
Deus que a noite seja andada.

Porque o poeta, indiferente,
anda por andar — somente.
Não necessita de nada.

<<< Uma Trova de Ademar >>>
Fico triste ao constatar
que um homem cheio de fé,
possa um dia ir trabalhar
sem ter direito ao café!
(Ademar Macedo/RN)

<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
Foi por falta de carinho
que errei e perdi meus passos,
mas bendigo o “mau caminho”
que me levou aos teus braços...
(Nádia Huguenin/RJ)

<<< Estrofe do Dia >>>
Na favela se repete
quadro de perdas e danos,
prostituta aos onze anos,
marginal aos dezessete;
onde o político promete
casa, emprego, chão, calçado,
depois do voto apurado
joga a promessa no mato,
a favela é o retrato
de um povo discriminado.
(João Paraibano/PB)

<<< Soneto do Dia >>>

QUANTO TEMPO NOS RESTA?

– José Antônio Jacob/MG –

Nossa vida é uma história mal contada,
Uma vaga novela incompreendida...
Para alguns é um feliz conto de fada,
Para outros uma lenda indefinida...

Vivemos, de alvorada em alvorada,
(Que tempo ainda nos resta nessa vida?)
A dar sorrisos largos na chegada
E a lamentar a perda na partida.

Que bom matar o tempo numa rede,
Se ele nos desse a viva eternidade
De um quadro pendurado na parede...

E, enquanto a vida passa e o tempo avança,
Quanta tristeza vai numa saudade,
Quanta alegria vem numa esperança!

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