segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Mensagens Poéticas de 06/fev/2011 - por Ademar Macedo

<<< Uma Trova Nacional >>>
A saudade é um passarinho
em teimosa migração,
vem do passado, e faz ninho
nos beirais do coração.
(Héron Patrício/SP)

<<< Uma Trova Potiguar >>>
Nesta distância entre nós,
o amor de tudo reclama;
há um dos nossos lençóis,
sobrando em cima da cama!
(Prof. Garcia/RN)

<<< Uma Trova Premiada >>>
2000 > Niterói/RJ
Tema > DELÍRIO > M/E.
Em meus delírios risonhos
fiz de você quase um Deus...
e fui vivendo os seus sonhos
como se fossem os meus!
(Arlindo Tadeu Hagen/MG)

<<< Simplesmente Poesia >>>

LENA

– Sergio Severo/RN –

Por teu amor eu cometi louquices
por teu amor vivi a cada dia
desdenhando a vida que corria,
por teu amor eu fiz tantas sandices.

E descuidei de mim, por teu amor,
Por teu amor me pus lá na coxia
e tu, no palco, louca de alegria,
nem percebias ser por teu amor.

Sem teu amor jurei morrer, de fome,
mas consegui viver sem teu amor.
Graças a Deus já esqueci teu nome:
MARIA HELENA PIRES MIRABOR !

<<< Uma Trova de Ademar >>>
Passam sempre em meu portão,
trazendo um fardo de dor,
crianças que não têm pão,
pedindo “um pão por favor”!...
(Ademar Macedo/RN)

<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
Chorar... quem é que não chora,
– nem que seja internamente –
quando alguém que a gente adora
se vai... repentinamente!
(Nélson Fachinelli/RS)

<<< Estrofe do Dia >>>
Na vida eu sofri abalos
e desesperos medonhos,
sonhos, sonhos e mais sonhos
sem poder concretizá-los,
na fronte senti os halos
das auras da juventude,
porém não tive a virtude
de dormir entre os teus seios;
não tive amores, sonhei-os
quis possuí-los, não pude!
(Lourival Batista/PE)

<<< Soneto do Dia >>>

CICATRIZ

– Milton Nunes Loureiro/RJ –

Um dia, alguém, chegando à minha porta,
abriu-a, lentamente, toda, inteira.
E, ao reviver uma esperança morta,
trouxe-me a crença pela vez primeira.

Porém, meu Deus, foi breve, passageira,
essa alegria que o meu ser exorta.
Se um dia amei sem medo e sem fronteira,
hoje a existência nem sequer me importa.

Prossigo triste no final da lida,
ao ver o quanto ingrata foi a vida,
nestas saudades de quem não me quis.

Por isto, eu trago na alma, hoje deserta,
um gosto amargo de ferida aberta
que eu não ouso chamar de cicatriz...

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