terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Mensagens Poéticas de 08/fev/2011 - por Ademar Macedo

<<< Uma Trova Nacional >>>
Sê bondoso e destemido,
vigilante em teus caminhos.
Se não queres ser ferido,
evita plantar espinhos!
(Flávio Stefani/RS)

<<< Uma Trova Potiguar >>>
Em meio a pessoas loucas,
de tristeza eu me inundo.
Lembro então como são poucas
as alegrias do mundo.
(Cléa Revoredo/RN)

<<< Uma Trova Premiada >>>
2000 > Niterói/RJ
Tema > DELÍRIO > MENÇÃO HONROSA
Em meus delírios te vejo
surgindo na escuridão,
toda vez que o vento andejo
bate a tranca do portão...
(José Ouverney/SP)

<<< Simplesmente Poesia >>>

MIRAGENS

– Graça Graúna/RN –

À meia luz
escudados nos sonhos
despistaram o medo de amar
e só diante do espelho admitiram
que a nudez é um perigo
capaz de intimidar o Amor
...depois do amor a espera
sem pressa, sem dor
depois do amor
o desejo natural
de repousar entre lençóis
e continuar a loucura
que não se vê em jornais.
Escudados nos sonhos
beberam a angústia do ser
na boca molhada de suor e sexo
seguindo o infinito
neste sopro de adeus...

<<< Uma Trova de Ademar >>>
Se me encontrares sozinho,
e, se nos tornarmos nós...
Mato você de carinho
debaixo dos meus lençóis!
(Ademar Macedo/RN)

<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
As coisas simples, modestas,
encerram saber profundo.
Nasceu, sem plumas e festas,
o Maior Homem do mundo!
(Lucy Sother Rocha/MG)

<<< Estrofe do Dia >>>
Corre um gato miando numa bica,
ferve um bule com chá de capim santo,
a cantiga de um galo em cada canto,
a fumaça de um prato de canjica,
um cachorro medroso se estica,
benzedeira curando mal olhado,
um frangote caçôa admirado
de um matuto que puxa uma marrã;
quando o sol beija a face da manhã
o sertão vira um reino encantado.
(Hélio Crisanto/RN)

<<< Soneto do Dia >>>

CANTARES

– Darly O. Barros/SP –

Meu estro, qual estertorante fio
lodoso, a rastejar por um deserto,
vacila, em aceitar o desafio
das folhas brancas de um caderno aberto...

- Hesitação não é do teu feitio,
faze sonora a pena que te oferto,
quero-a vibrante, como a voz de um rio,
que tem, no mar, o seu destino certo;

mas, te lembrando , sempre, que és poeta,
que dês à voz a entonação correta
quando de paz falares, vai, avança,

leva o teu canto a todos os lugares
e, que ao dulçor do som dos teus cantares,
o mundo colha um sopro de esperança!

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