terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Mensagens Poéticas de 1º/fev/2011 - por Ademar Macedo

<<< Uma Trova Nacional >>>
Da rosa tenho o perfume,
também carrego o espinho.
Por isso não se acostume,
só com cheiros no meu ninho.
(Dalinha Catunda/CE)

<<< Uma Trova Potiguar >>>
Pintar o que a natureza
fez com tanta maestria:
– só Picasso com certeza,
o teu corpo pintaria.
(Ivaniso Galhardo/RN)

<<< Uma Trova Premiada >>>
2005 > Niterói/RJ
Tema > PROMESSA > MENÇÃO ESPECIAL
Foi como em cristal impressa
tua palavra de então;
não só quebraste a promessa,
jogaste os cacos no chão!!
(Amália Máx/PR)

<<< Simplesmente Poesia >>>

“NORDESTIDADE”

– Sergio Severo/RN –

Muitas maneiras existem
no SER de um Nordestino
umas pra cumprir destino
e outras por melhor sorte.
Mas, se parido pro norte,
algo já fica marcado,
inserido,
incalcado,
do nascer até a morte.

E por mais que o tempo entorte
das nossas costas a espinha,
e por mais que o tempo corte
nossos cachos... carapinha,
o que fora diferente
aos poucos se torna igual.
Não sei se por bem; por mal,
isso acontece com a gente.

Um Nordestino não mente,
com a fala do olhar,
mesmo com a língua a falar,
do sonho, da fantasia,
da inverdade ou do "trote".
É como se fosse um mote
que outra glosa não daria.

É uma imensa olaria
com tanta forma de pote,
mas que por aqui se anote:
rude, fino, mal formado,
o mesmo barro é usado,
não importa qual o lote.

E é bastante que se bote
tão desiguais lado a lado,
pra que o fato se comprove,
para ficar atestado,
num mesmo olhar que comove,
um Povo Nordestinado!

<<< Uma Trova de Ademar >>>
A crença nunca dá pé
quando a fé não lhe acompanha;
aquele que não tem fé
jamais remove montanha.
(Ademar Macedo/RN)

<<< ...E Suas Trovas Ficaram >>>
No amor é bom ter cuidados
para evitar dissabor...
nem sempre em beijos trocados
trocam-se beijos de amor.
(Milton Nunes Loureiro/RJ)

<<< Estrofe do Dia >>>
Empresário de sucesso,
eu tive tudo o que quis,
eu pensava ser feliz,
mas a verdade eu confesso.
Logo após o retrocesso,
da borrasca e do soçobro,
a vida teve desdobro,
de forma extraordinária,
na produção literária,
a poesia deu-me em dobro.
(Francisco Macedo/RN)

<<< Soneto do Dia >>>

P O E T A

– João Batista Xavier Oliveira/SP –

O poeta, vetor da porcelana,
é o arauto das dores e janelas.
Suas veias, refúgio das procelas;
coração, a ruína da pantana.

Ele é o misto dos olhos sem cancelas
com murmúrios que ouvido não se engana.
E na busca da força sobre-humana
sorve o brilho das auras e aquarelas.

Sonha grande e maior é a plenitude
do caminho perene da altitude
em limite de céu, seu companheiro.

Mente aberta aos meandros das mensagens;
mãos dispostas aos versos das miragens...
eis o vate das asas hospedeiro!

Um comentário:

  1. Excelente espaço, parabens. Indicarei nas minhas páginas, aguarde.
    Abração
    www.luizalbertomachado.com.br

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